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2013: ano de alta rotatividade

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Rio (AE) – O ano de 2013 promete alta rotatividade para os presidentes de empresas no País. A TIM anunciou na semana passada a renúncia de Andrea Mangoni, que estava à frente da operadora de telefonia há cerca de seis meses. Em janeiro, a concorrente Oi destituiu seu presidente, Francisco Valim, um ano e meio após assumir o cargo. A dança das cadeiras atingiu ainda os CEOs (sigla em inglês que identifica o principal executivo de uma companhia) da MMX, braço de mineração do grupo EBX, da montadora BMW e da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
Andrea Mangoni renunciou à presidência da TIM seis meses depois de ter sido indicado para o cargo
Resultados financeiros abaixo do esperado, a compra de participações relevantes em empresas brasileiras por fundos de private equity e a proibição do acúmulo dos cargos de presidente do conselho de administração e presidente executivo nas companhias listadas no Novo Mercado, a partir de maio de 2014, são alguns dos fatores capazes de incentivar as alterações. “O ano será agitado para CEOs, em especial o primeiro trimestre. No fim do ano muitos conselhos começaram a preparar terreno para substituir seus principais executivos, mesmo que o desempenho da companhia tenha sido afetado por fatores alheios à gestão”, diz Fernando Andraus, diretor da Page Executive, divisão de recrutamento de alto escalão da consultoria inglesa Michael Page.

Andraus acredita que a mudança de regra do Novo Mercado – que atinge 30 empresas – dará fôlego ao recrutamento de CEOs. A busca por executivos deve começar nos próximos três meses, sem deixar para a última hora. A aposta da Page Executive é que 50% das soluções serão caseiras. Foi o caso da Totvs, em que Laércio Cosentino ficou como presidente e passou o comando do conselho de administração ao conselheiro independente Pedro Passos.

Outro ponto destacado é que o fluxo de capitais para investimento em participações societárias no Brasil continua forte, com os fundos de private equity capitalizados para fazer aquisições. Esse tipo de operação se concentra em empresas médias, com faturamento de R$ 100 milhões a R$ 500 milhões.

A Flow Executive, focada em recrutamento de posições de liderança, analisou os movimentos de diretores financeiros e CEOs em 47 companhias que entraram no portfólio de 14 fundos de private equity em 2012. Em 28% delas os fundos substituíram o presidente ao menos uma vez após o investimento, em 21% duas vezes e em 11% três ou mais vezes.

O porcentual expressivo está ligado a diferentes fatores. Muitas vezes “estrelas” vindas de grandes grupos têm dificuldade em lidar com a realidade das empresas investidas e o estilo de gestão dos fundos de participações.

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