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Aldo admite problemas com transporte

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São Paulo (AE) – O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, admitiu ontem os problemas com o sistema de transportes e com o trânsito no País, classificados por  ele como “insuficiências que nós precisamos corrigir” antes dos principais eventos esportivos mundiais que o Brasil sediará: a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. “Vamos ter de melhorar a situação de nossos aeroportos, do tráfego”, disse Aldo, após o seminário “Brasil Rumo à Copa”, ao qual chegou com uma hora de atraso, justamente por problemas com o voo e com o trânsito em São Paulo.
Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que nem todos os gargalos são problemas com a infraestrutura
Para o ministro, nem todos os gargalos podem ser classificados como problemas de infraestrutura. Alguns, segundo ele, são de logística, “como por exemplo a capacidade de receber mais ou menos pousos e decolagens, ou mesmo das companhias (aéreas) e da Receita (Federal), que precisa de mais gente para desembaraço de bagagens”. “São providências relativamente simples que podem melhorar a vida dos passageiros”, completou Aldo.

O ministro ainda criticou o sistema de telefonia celular e afirmou que em 2014 todas as 12 sedes brasileiras da Copa do Mundo terão a tecnologia 4G. “Aqui em São Paulo, em determinados momentos é difícil falar dois ou três minutos ao telefone”, afirmou.

Durante a palestra de ontem, na capital paulista, Aldo elogiou a Fifa, que “tem mais sócios e consegue resolver controvérsias que a ONU (Organização das Nações Unidas) não consegue resolver”, mas depois também alfinetou a entidade, que faz recorrentes críticas sobre os atrasos do Brasil nas obras para a Copa de 2014.

“Dissemos à Fifa que temos de enxergar o Brasil como um país democrático, que tem Congresso que funciona, que tem órgãos de controle que funcionam, são independentes, e que tem a imprensa que fiscaliza e acompanha diariamente”, revelou o ministro. “O Brasil investiu em obras públicas, que estavam previstas quando não se falava em Copa.”

O ministro reconheceu, no entanto, a burocracia com o grande número de órgãos reguladores e fiscalizadores no sistema público do Brasil para aprovação de obras em estádios e de infraestrutura. “Estive no Maracanã e ouvi que lá são 13 órgãos com capacidade de paralisar obras”, exemplificou Aldo.

ESTÁDIOS

O diretor executivo de Operações do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, Ricardo Trade, demonstrou confiança com o ritmo das obras dos estádios para a Copa. Ele disse que vê comprometimento para o cumprimento dos prazos.  Ainda sobre os prazos, Trade afirmou que a Arena das Dunas, de Natal, é a que mais preocupa. “Claro que demanda mais atenção, mas a gente está acompanhando. A construtora é séria, tem prazo para entregar e vai entregar”, disse ele.

Seleção pode viabilizar as arenas

O diretor de operações do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, apresentou um panorama dos planos desenvolvidos pelas 12 arenas que serão sede da Copa do Mundo para se tornarem sustentáveis após 2014. Trade ressaltou a importância de os novos estádios serem construídos atendendo aos padrões internacionais de espaços modernos. Trade participou do “Seminário Brasil Pós-Copa 2014: Legado e Gestão dos Estádios”, realizado na Câmara dos Deputados, na manhã de ontem.

“O conceito de estádio ideal, hoje, inclui melhorias dos serviços prestados, no intuito de fidelizar o torcedor e fazê-lo voltar. Por isso, devemos ter banheiros limpos e amplos, acesso facilitado, desde a compra dos ingressos, passando pela entrada na arena, sem tumulto, e a acolhida do torcedor, com cadeiras numeradas, visão completa do campo e alimentação de boa qualidade. Antes, a ideia era de quanto maior [o estádio] melhor, sem necessariamente ter estrutura adequada de segurança e conforto”, enumerou.

O diretor do COL adiantou que em 10 de julho o comitê fará uma reunião com as cidades-sede para discutir formas de gestão dos estádios. Uma das propostas é a de que em estados com menos tradição no futebol (AM, DF, MT e RN) haja apoio da CBF para que ali ocorram mais jogos da Seleção Brasileira. “Não é atribuição do COL, mas temos José Marin na presidência das entidades e podemos levar essa situação para tornar as arenas mais sustentáveis”, afirmou.

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