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Copa tem retorno 15 vezes maior

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Rafael Italiani
Agência Estado

São Paulo (AE) – Em um mês de Copa do Mundo, a Prefeitura de São Paulo gastou entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões dos cofres públicos nas operações relacionadas ao evento, sem considerar os investimentos em infraestrutura. O valor, segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), equivale às despesas que o Município tem anualmente com a fórmula 1 e o carnaval, que duram uma semana cada. Ainda de acordo com ele, a capital paulista arrecadou R$ 1 bilhão com os cerca de 500 mil turistas que ficaram na cidade. Ontem, a Prefeitura e o governo do Estado apresentaram o balanço da competição.
Pela Arena Corinthians, Fan Fest e Vila Madalena passaram um milhão de pessoas, diz Prefeitura
“A ordem de grandeza do custeio da Copa do Mundo, sem mencionar os investimentos que vão ficar, não excedeu aquilo que São Paulo gasta anualmente em Fórmula 1 e carnaval”, disse Haddad. “Apesar de (a Copa) ser semelhante (aos dois eventos), o retorno é 15 vezes superior”, disse o presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Wilson Poit.

De acordo com a vice-prefeita e coordenadora do SP Copa, Nádia Campeã, cerca de 1 milhão de pessoas estiveram na Arena Corinthians, na zona leste, para assistir às partidas, na Fan Fest, na região central, e nos eventos de exibição pública. E os números oficiais não levam em consideração os torcedores que foram para a Vila Madalena, por exemplo.

O pico de pessoas no bairro foi no dia 4 de julho, quando 70 mil compareceram para assistir à partida entre Brasil e Colômbia. “É muito provável que a Vila Madalena passe a ter um público maior. Dificilmente voltará a ser a mesma coisa que era antes”, explicou a vice-prefeita. “É mais uma área que vai ter um trabalho posterior a ser realizado. Eu acho que dificilmente voltará a ter a mesma situação que nós tínhamos antes.”

A Subprefeitura de Pinheiros, juntamente com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, comerciantes e moradores do bairro, discutirão que medidas devem ser acionadas na região em feriados prolongados e festas como o carnaval. Ao longo da competição, o bairro teve de receber melhorias na limpeza e ruas precisaram ser bloqueadas. O prefeito Haddad chegou a se referir ao torcedor que frequentou o bairro como “folião”.

A Prefeitura precisou instalar 160 banheiros químicos, reforçar a quantidade de fiscais e chamar um exército de funcionários de limpeza para dar conta de deixar o bairro preparado para as manhãs seguintes. Houve confrontos entre torcedores e policiais militares, bombas de efeito moral, gás de pimenta, venda de drogas, torcedores fazendo sexo na rua e pessoas invadindo garagens de residências para urinar.

De acordo com a SPTuris, até esta sexta-feira, 11, 495.859 turistas passaram pela capital. Desse total, 299.322 são brasileiros e 196.547 estrangeiros (um em cada três era argentino). O turista brasileiro gastou em média R$ 2.200, enquanto o estrangeiro, R$ 4.800.

“Para o turista, a Copa não termina no domingo (dia 13). Muitos retornam no outro domingo para passar a semana em São Paulo”, afirmou Wilson Poit, da SPTuris. Para a Prefeitura, trata-se de um dos maiores legados que a competição deixou para a cidade. “Faz com que a gente fique realmente esperançoso para que se cresça 20% por ano a chegada de turistas à cidade”, explicou Poit. Além de manter a cidade como referência no turismo de negócios, a Prefeitura espera que, após a Copa do Mundo, os turistas venham se divertir na cidade.

Ainda segundo a SPTuris, a visitação em locais como a Avenida Paulista, o Museu do Futebol e o Mercado Municipal cresceu 20%. Em bares, houve aumento de cerca de 80% na quantidade de clientes estrangeiros.

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