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Justiça manda soltar Whelan

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O britânico Raymond Whelan (64), diretor-executivo da empresa Match Services, empresa associada à Fifa, foi solto na madrugada de ontem. Os advogados do executivo entraram com um pedido de alvará de soltura e ele deixou a 18º DP (Praça da Bandeira), na zona norte do Rio, às 4h40. A Polícia Civil do Rio prendeu Whelan na segunda-feira no hotel Copacabana Palace, na zona sul. A Match é a única empresa autorizada pela Fifa a comercializar ingressos aliados a pacotes de hospedagem para jogos da Copa. O empresário é investigado pela Polícia Civil de ser o chefe de uma quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos para jogos do Mundial.
Raymond Whelan (E) passou 12 horas preso no Rio, mas foi solto antes de o dia amanhecer
Whelan negou as acusações assim que foi abordado pelos policiais no hall do hotel. No momento da abordagem policial estavam no mesmo ambiente o príncipe Albert, de Mônaco; o ex-jogador Caniggia, atacante da seleção da Argentina na Copa de 1990 e diretores da Fifa.

#SAIBAMAIS#Eram 15h40 quando os policiais chegaram ao Copacabana Palace. O local foi escolhido como o QG da Fifa durante o Mundial. Após receber a notícia de que seria preso, o diretor da Match foi levado até o quarto, onde o delegado Fábio Barucke, o promotor Marcos Kac e mais três policiais apreenderam 82 ingressos para as semifinais e a final da Copa, US$ 2 mil, um notebook e o telefone celular que Whelan conversava com o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana.

O franco-argelino, preso no Rio na semana passada, é suspeito de ser o principal distribuidor dos ingressos arrecadados por uma quadrilha internacional que atuava desde 2002, na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul.

A investigação policial revelou que houve 900 ligações de Fofana para o celular de Whelan desde o início da Copa, dia 12 de junho. Por telefone, os dois falavam sobre quantidades de ingressos, sem discutir valores. Policiais envolvidos na investigação acreditam que os preços eram acertados pessoalmente, em reuniões que aconteciam no Copacabana Palace. A polícia requisitou ao hotel imagens do circuito interno de TV em busca de flagrantes de encontros.

Whelan negou todas as acusações e disse que os ingressos encontrados em seu quarto se destinavam a parentes seus. Segundo o delegado Fábio Barucke, o grupo lucrava, em média, R$ 1 milhão por jogo. A expectativa era lucrar até R$ 200 milhões na final da Copa do Mundo.

Na noite de segunda, o delegado Barucke afirmou que Whelan conversou informalmente com os policiais. O britânico voltou a negar qualquer relação com Fofana -o que inclui as 900 chamadas monitoradas pela polícia. O suspeito disse ainda que sua empresa negociou com Fofana apenas antes da Copa e que sabe quem é o franco-argelino porque ele é uma pessoa muito conhecida de jogadores e ex-jogadores.

“Há dois escritórios de advogados representando Whelan, e eles estão divergindo sobre a possibiidade de o suspeito depor a polícia ou não. Se ele não depuser hoje, será encaminhado para depor em juízo”, afirmou Barucke.

O CEO da Match foi indiciado no artigo 41 do Estatuto do Torcedor (fornecer ingressos a cambista), mas a polícia ainda está reunindo indícios para acusá-lo também por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

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