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Sobrou para Natal

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Berlim (Alemanha) – Esperava-se que Kevin-Prince Boateng fosse um dos destaques de Gana neste Mundial. O meio-campista correspondeu às expectativas, mas em vez de ser elogiado por boas atuações protagonizou polêmica envolvendo pagamento de premiação. Eliminado ainda na primeira fase, o jogador criticou toda a preparação ganesa e ainda sobrou para o hotel em que esteve hospedado em Natal.
O meio-campo de Gana, Kevin Prince-Boateng, criticou, duramente, a preparação da seleção para a disputa da Copa do Mundo
“O único lugar digno de uma preparação era o de Miami. Antes do jogo contra os Estados Unidos, dormimos em um hotel em que não havia condições. Havia inundações, os quartos estavam úmidos. Eu mesmo tive que mudar de quarto, porque o que me foi dado virou uma piscina, de tanta água que pingava do teto”, denunciou por fim o meio-campista.

O jogador explica a discussão com o técnico James Appiah que rendeu seu afastamento da seleção. “Perguntei a ele se tinha algum problema comigo. Ele gritou e me insultou, me mandou ‘cair fora’. E isso tudo aconteceu quatro dias antes da minha suspensão. Por que não me tiraram logo, então, se foi esse o problema?”, questionou em entrevista ao jornal alemão Bild, revelando desentendimento que aconteceu no dia seguinte ao empate em 2 a 2 com a Alemanha. Boateng foi titular na ocasião, mas foi substituído no segundo tempo.

A igualdade com a seleção cabeça-de-chave do grupo G foi o melhor resultado da frustrante participação de Gana nesta Copa do Mundo. Expoente do continente africano nas duas últimas edições, os Black Stars desta vez caíram na primeira fase, com derrotas para EUA e Portugal. Na visão de Boateng, o fator decisivo para a eliminação precoce foi culpa dos dirigentes.

“Nunca pensei que fosse possível organizar uma preparação para uma Copa do Mundo tão mal. Os hotéis, os voos, tudo era amador”, criticou o meia.

“Nosso primeiro voo foi de Amsterdã para Miami. Mas tivemos que ir em dois grupos. Um passou por Atlanta, outro por Nova Iorque. Ficamos quase nove horas no aeroporto, umas 19 na estrada. Para ir de Miami ao Brasil, doze horas na classe econômica. As pernas doíam”, reclamou.

“Para um atleta competitivo, isso é uma desgraça. E o nosso presidente (Kwesi Nyantakyi, da Federação de Futebol de Gana) estava com sua esposa e filhos na classe executiva. No Brasil fizemos um bom voo, mas perderam minha bagagem. Foram dias sem chuteiras, fita, nada. Um desastre”, completou Boateng.

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