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Campanha tenta evitar novos conflitos

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Rio de Janeiro (AE) — A coordenação de campanha de Dilma Rousseff no Rio de Janeiro tenta desmobilizar pelo menos três eventos que haviam sido programados por movimentos sociais ligados ao PT na Praia de Copacabana, domingo de manhã. No mesmo local e horário, José Serra e Aécio Neves programaram uma passeata. Apesar do apelo dos dirigentes petistas para se evitar confrontos, há o temor de que novos episódios de violência voltem a acontecer.

José Serra afirma que o presidente da República se comporta como um simples militante partidárioAlém dos mata-mosquitos, os dirigentes petistas estavam preocupados com um protesto que havia sido programado por entidades ligadas à defesa dos direitos dos homossexuais e com duas atividades de movimentos culturais. As três bexigas cheias de água que foram atiradas contra Dilma durante evento no Paraná, na quinta-feira, também mobilizaram o partido.

Segundo integrante da coordenação de campanha da petista, militantes do partido estavam revoltados contra o ato hostil à candidata e prometeram “dar uma resposta” justamente durante a passeata de Serra. Manifestantes que participaram do ato pró-Dilma e contra as privatizações no Centro do Rio, também na quinta-feira, teriam organizado grupos para atrapalhar o evento do tucano no domingo.

“As bexigas contra a Dilma caíram como uma bomba durante o ato. Isso pode servir de catalizador para os militantes mais radicais É isso que a gente quer evitar”, explicou um dos coordenadores da campanha da petista no Rio.

Dirigentes petistas informaram que vão para a Praia de Copacabana assim que acabar a carreata que terá a participação da candidata e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos bairros de Realengo e Bangu, na Zona Oeste. O objetivo, segundo eles, será monitorar a presença dos militantes que estiverem na orla durante o evento de Serra e evitar qualquer tipo de confronto.

Integrante da Secretaria de Cultura do PT, o músico Léo Borges confirmou que haverá duas atividades de apoio à Dilma na Praia de Copacabana no domingo. Segundo ele, não havia nenhuma determinação da direção do partido para se cancelar os atos. “Teremos um evento oficial às 14h. Mais cedo, um grupo de simpatizantes organizou um ato com música e apresentações, com concentração marcada às 11h para o bar Bip Bip”, contou Borges. “A única recomendação é não provocar e evitar provocação”, disse Borges.

Proprietário do Bip Bip, Alfredo Jacinto Mello, o Alfredinho, negou que houvesse qualquer ato programado para ocorrer em seu bar na manhã de domingo. “Soube disso aí, mas não marcaram nada comigo”, contou Alfredinho.

José Serra volta a criticar Lula no RS

Porto Alegre (AE) – O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela postura diante da confusão ocorrida no Rio de Janeiro, quando foi acertado por objetos jogados por cabos eleitorais de Dilma Rousseff (PT) que trocavam empurrões com apoiadores de sua candidatura. “A meu ver o presidente da República dando aval a esse tipo de manifestação acaba estimulando que outras se repitam”, reclamou, durante ato político no qual recebeu apoio da senadora eleita Ana Amélia Lemos e do PP do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira.

O tucano insistiu ter sido vitima de uma agressão cometida “não por militantes comuns”, mas por agentes de segurança. Também afirmou que o PT tem a “concepção de que adversário é inimigo e precisa ser punido com mentira ou violência, se for preciso”.

Também admitiu que ficou decepcionado com as declarações do presidente que teria se comportado “como simples militante partidário” em vez de se portar de acordo com o cargo que ocupa. “A palavra dele tem outro valor”, afirmou, referindo-se ao peso de uma declaração presidencial. “Quando desqualificou fato real que tinha acontecido ele se comportou como militante, e um militante daqueles que trata a oposição como inimiga e não como adversária”.

Dilma critica o candidato do PSDB

Belo Horizonte (AE) – A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, criticou ontem o presidenciável tucano José Serra, por explorar o episódio no qual foi atingido na cabeça por um objeto durante uma confusão entre petistas e militantes do PSDB na zona oeste do Rio. Dilma lembrou que no dia seguinte, na quinta-feira, foi alvo de um balão cheio de água durante visita a Curitiba e nem por isso acusou a campanha adversária.

“Não tinha nenhuma briga nesse momento, não tinha nesse momento da bola caindo na minha cabeça, que eu recuei o corpo, não tinha briga nenhuma. Foi alguém deliberadamente que fez isso. Eu não saí por aí acusando a campanha dele”, disse a petista.
A campanha de Serra tem explorado o fato nos programas eleitorais. “Você sabe o peso de uma bola, de um balão cheio de água jogado do 12º andar, que afunda um pouco um teto de um carro? É bastante pesado. Eu fui objeto disso ontem, vocês podem olhar, não fui nem eu que disse isso. Os jornalistas presenciaram esse fato. Então eu acho que tem de ter muito cuidado em ficar transformando episódios…”, afirmou, ao ser questionada se Serra estava exagerando.

A petista garantiu que se depender do PT a campanha não se acirrará ainda mais. “Da nossa parte eu não acredito. E aí eu te digo com a sabedoria mineira. Aqui em Minas a gente fala: quando um não quer dois não brigam.”

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