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Como incentivar a ampliação do mercado de trabalho?

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Como incentivar a ampliação do mercado de trabalho e oferecer, aos jovens, acesso às novas vagas de emprego? Os candidatos ao governo do Rio Grande do Norte responderam ao questionamento enviado pela TRIBUNA DO NORTE, relatando as propostas que vislumbram implantar. O ex-prefeito de Natal e candidato ao governo pela coligação “Coragem para Mudar”, Carlos Eduardo Alves (PDT) disse que apostará em três frentes: geração emprego, investindo na educação e promovendo inclusão social. “A geração de emprego é parte de um plano de desenvolvimento econômico onde está inserido um programa de obras estruturantes, de projetos de Habitação e Urbanismo, atração e interiorização de indústrias, incentivo a novos serviços, fortalecimento da Agricultura Familiar, entre outros”.

Para Iberê Ferreira de Souza (PSB) afirmou que sua ideia é investir na formação técnica e profissional para que o aluno conclua o segundo grau já como portador de uma profissão. “Estão associados os dois grandes objetivos: a conclusão do segundo grau para quem desejar fazer o curso superior e a formação técnica para a conquista de uma vaga no mercado de trabalho a partir da qualificação profissional”. Já Rosalba Ciarlini (DEM), representante da coligação “A Força da União”, disse que o RN precisa que alguns projetos de grande porte aconteçam a curto prazo, para que funcionem como pólos indutores de novas áreas de desenvolvimento. “Esses empreendimentos terão grande capacidade de geração de emprego e renda”, assinalou. Veja as repostas dos principais candidatos ao governo do RN, na íntegra:

Carlos Eduardo

“Os recursos provenientes dos programas de transferência de renda do Governo Federal representam uma parcela maior que a massa salarial oriunda da indústria, comércio e serviços do Rio Grande do Norte. Isso mostra a vulnerabilidade econômica do nosso estado e a necessidade em se investir em geração de emprego qualificado – de carteira assinada, bem remunerado e exercido com dignidade – em todo o território potiguar. Por outro lado, sabemos que a parcela de jovens que abandonam o estudo para ingressar no mercado de trabalho é grande. Sem qualificação, essas pessoas ficam à margem do mercado e não há perspectiva de ascender profissionalmente – esse grupo recebeu o triste nome de “geração perdida”. Essa geração transita de um emprego para o outro, sempre no canto do mercado e está mais vulnerável às drogas e aos vários tipos de violência. Nós vamos enfrentar esse problema agindo sob três frentes: gerando emprego, investindo na educação e promovendo inclusão social. A geração de emprego é parte de um plano de desenvolvimento econômico onde está inserido um programa de obras estruturantes, de projetos de Habitação e Urbanismo, atração e interiorização de indústrias, incentivo a novos serviços, fortalecimento da Agricultura Familiar, implementação do programa Bolsa Empreendedor (oferecendo crédito a juros os mais baixos do país aos pequenos negócios) e do Empresa Rápida (diminuindo a burocracia e o custo para abrir uma empresa), incentivo à Economia Solidária, entre muitos outros pontos. Por outro lado, nós estamos propondo um novo modelo de educação que fuja da dicotomia entre o ensino formal e profissionalizante, qualificando um e construindo o outro de maneira integrada e de acordo com a vocação de cada território. E inserindo nessa rede os que não ainda foram alfabetizados através da Educação de Jovens e Adultos. Isso só será possível se o centro desse plano – o professor – for valorizado com um plano de carreira e salários digno e formação continuada. Mas educação e emprego não bastam. É preciso garantir a esses jovens, através de políticas articuladas num Plano Estadual para a Juventude, uma vida digna, numa casa inserida num projeto de urbanismo, e acesso ao lazer, à cultura, ao esporte, à justiça e a um programa de renda mínima capaz de segurá-lo na escola. Só assim esse ciclo de “gerações perdidas” irá se romper e o nosso futuro começará a mudar de fato.”

Iberê Ferreira

“Os Institutos Federais criados pelo governo Lula foram o referencial de excelência para a montagem do programa de formação profissional que o nosso governo vem implantando com a construção dos primeiros dez centros de ensino profissionalizante.  A ideia é investir na formação técnica e profissional para que o aluno conclua o segundo grau já como portador de uma profissão. Estão associados os dois grandes objetivos: a conclusão do segundo grau para quem desejar fazer o curso superior e a formação técnica para a conquista de uma vaga no mercado de trabalho a partir da qualificação profissional.  Já foram licitados os centros profissionalizantes de Alto do Rodrigues, Mossoró, Tibau, Parnamirim, Ceará-Mirim e Extremoz. Além de Natal e São Gonçalo do Amarante, mercados de trabalho maiores, onde estão sendo licitados dois centros em cada uma dessas cidades. Cada centro representa um investimento no valor de R$ 5,5 milhões de reais. O centro profissionalizante considerado padrão terá 4.200 metros quadrados de área construída, distribuídas em dez salas de aulas, seis laboratórios, ginásio poliesportivo, anfiteatro, auditório e biblioteca. Nosso objetivo é instalar laboratórios em mais 74 escolas estaduais para que iniciem o processo de transformação em escolas profissionalizantes, formando a Rede Estadual de Ensino Profissional. Nós entendemos que a qualificação profissional não apenas eleva a qualidade de ensino como é o caminho para dotar o aluno concluinte do segundo grau de uma formação técnica capaz de lhe fazer dono do que modernamente se entende por capacidade de empregabilidade. Para ocupar o mercado de mão de obra precisamos adequar os cursos técnicos às demandas que o mercado apontar. A sintonia vai garantir ao jovem egresso dos cursos profissionalizantes uma ocupação imediata das vagas. O Rio Grande do Norte é um Estado com grandes vocações industrial, exportadora e prestadora de serviço, principalmente no turismo receptivo. O meu governo terá uma política de incentivo a todas as forças produtivas e também voltada sempre atrair novos investimentos. O governo tem sido atento e travado grandes lutas como a refinaria, o aeroporto, o parque eólico e as Zonas de Processamento de Exportação, aqui e no sertão. É preciso vê-las como grandes conquistas que são: centros onde irão germinar, naturalmente, outros negócios e atividades econômicas. Porque são obras estruturantes de magnitude. Nunca antes do Governo do PSB o Rio Grande do Norte recebeu tantos investimentos públicos e privados em tão curto espaço de tempo. E investimentos transformadores. É em razão dessa nova realidade e da necessidade de formação de mão de obra jovem que estamos fazendo um grande programa de ensino profissionalizante que começa com dez centros e se estenderá a 74 cidades para dotar o Estado de uma Rede Estadual de Ensino Profissional. É o grande desafio que estamos começando a vencer. Ampliando nosso mercado de trabalho e formando mão de obra com um bom ensino profissionalizante. Educação e investimento são as chaves para abrir e ocupar nosso mercado que é promissor. Estou convencido que vivo como governador um momento histórico: a construção, no Rio Grande do Norte, de um moderno sistema estadual de educação profissionalizante.”

Rosalba Ciarlini

“O RN precisa que alguns projetos de grande porte aconteçam a curto prazo, para que funcionem como polos indutores de novas áreas de desenvolvimento. Esses empreendimentos terão grande capacidade de geração de emprego e renda. O primeiro deles é o complexo aeroportuário de São Gonçalo do Amarante, que será estruturado principalmente para receber e redistribuir cargas oriundas e destinadas a outros continentes, além de contar um com moderno terminal de passageiros que propiciará um novo impulso ao turismo e será fundamental para a Copa 2014. No governo, trabalharei incansavelmente para garantir a execução rápida desse projeto, incluindo a logística de escoamento.

Também as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) de Assu e de Macaíba são estratégicas para o crescimento do RN, porque vão permitir a dinamização e diversificação da economia e da pauta de exportações do Estado. Mas, para que aconteçam, demandam ações do governo em termos de logística operacional e de política de atração de empresas. Tirá-las do papel será uma prioridade do meu governo. A ZPE de Macaíba será um instrumento para transformarmos o RN em um polo internacional de tecnologia da informação. Teremos uma política consistente de industrialização, voltada para a regionalização do desenvolvimento, a partir de mecanismos de atração de indústrias, com incentivos fiscais e infra-estrutura, de modo a criarmos pólos econômicos associados às vocações regionais. E vamos investir pesadamente no crescimento e na requalificação da atividade turística do RN.

Mas uma condição para o salto de qualidade que desejamos e podemos dar é a formação e qualificação da nossa força de trabalho. As universidades públicas (Ufersa, Uern, UFRN) e privadas, os IFRNs e o Sistema “S” (Senac, Senai, Senat, etc) serão convocados a se incorporar a esse processo, somando esforços para que possamos qualificar adequadamente nossa mão de obra em diversos setores: comércio exterior, logística, bioenergia, TI, entre outras áreas de ponta, turismo, empreendedorismo.

Nesse esforço, nossos jovens serão contemplados com especial atenção, a começar por investimentos expressivos na melhoria da qualidade do ensino médio. Implementaremos o ensino profissionalizante na rede estadual, de acordo com as vocações econômicas regionais, utilizando o apoio das universidades e das escolas técnicas e estabelecendo parcerias com a iniciativa privada para garantir programas de estágio para os alunos concluintes. Vamos garantir a execução do projeto que prevê 10 escolas profissionalizantes em cidades-polo, que já tem recursos garantidos desde 2008 e até hoje não saiu do papel. Trabalharemos duro, com a convicção de que educação é pressuposto para o desenvolvimento econômico e o único caminho para promover a inclusão social permanente e sustentável.”

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