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Propostas para Natal – Educação

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Margareth Grilo – Repórter especial

As políticas públicas para a área de Educação são o terceiro tema da série “Propostas para Natal”, iniciada no domingo, 19. Nesta edição, os seis candidatos a prefeitos de Natal, nas eleições de 7 de outubro, apresentam os projetos que defendem para melhorar os indicadores educacionais da capital do Rio Grande do Norte. Entre os dias 1 e 6 de julho, a TRIBUNA DO NORTE publicou uma série de reportagem sobre os desafios que o novo administrador do município de Natal terá pela frente, e um dos temas foi exatamente a Educação.
Educação será desafio para quem for o novo prefeito
Na série, especialistas, sindicalistas e professores ouvidos pela TN apontam que a Educação, no município de Natal, precisa de autonomia de gestão e de um plano municipal que defina as metas para o sistema educacional adequadas à realidade da capital potiguar e que incluam a reestruturação da rede e a qualificação do ensino. Hoje, o gargalo está na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental. As cerca de dez mil vagas disponibilizadas pelo município, em escolas e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), não são suficientes para atender a demanda.

Este ano, 4,8 mil crianças que não conseguiram vaga na rede pública, foram absorvidas pelo Programa Pré-Escola para Todos (PPEPT), que contrata vagas em escolas particulares. O custo por aluno inserido no PPEPT é de R$ 60, o que significa R$ 288 mil mensais aos cofres públicos. Atualmente, a Prefeitura mantém em sua estrutura 73 escolas e 72 CMEIs, mas não consegue minimizar a demanda desigual nas quatro zonas de Natal.

#SAIBAMAIS#Os reflexos desses gargalos ficam evidentes, quando se analisa o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), referentes a 2011, divulgado pelo Ministério da Educação. Segundo o Ideb, dois terços das escolas municipais de Natal, que foram analisadas pela 8ª série, estão abaixo da meta projetada para o índice. Nos anos finais, as escolas tiveram nota 3.0, ficando 0.3 pontos abaixo da meta do MEC. O município conseguiu atingir a meta apenas nos anos inciais do Ensino Fundamental com nota 3.9. Diante dos desafios, os prefeitáveis enumeram soluções e prometem priorizar a educação. Veja as propostas de cada um dos candidatos:

Carlos Eduardo – PDT

Na educação, primeiro a gente tem que recuperar as escolas atuais que estão deterioradas. Precisamos reestruturar essas escolas e universalizar essas matrículas. Temos hoje, mais de 4 mil crianças sem vagas. Precisamos construir mais centros de educação infantil, como escolas de ensino fundamental. Temos que fazer com que essa proposta da escola de tempo integral, que é muito do nosso partido, cresça em nossa cidade. Vamos efetivamente levar a efeito essa proposta. Depois, teremos a iniciativa de fazer a valorização salarial e profissional dos educadores. Depois, a gente tem que dar autonomia às escolas. Elas perderam essa autonomia e, por isso, estão muito prejudicadas.  Vamos retomar essa autonomia, através da descentralização orçamentária, dando condições para que a escola seja gerida pelo diretor, pela diretora e pelo conselho da escola. Dessa forma acredito que daremos condições de melhorar sobremaneira a educação em nossa cidade.

Robério Paulino – PSOL

Primeiro quero dizer que a educação municipal está um caos. As escolas estão abandonadas, o equipamento das escolas, não há material pedagógico, o professor é mal pago. Nós queremos repensar. Queremos valorizar o professor, cumprir o piso nacional e reestruturar as escolas. Mas para reequipar as escolas e fazer a educação integral em todas as escolas – pelo menos, começar isso em várias escolas., construindo algumas novas unidades com tempo integral, modulares e exemplares, nós precisamos de dinheiro. Também queremos cumprir o preceito constitucional de 25% do orçamento municipal para a Educação, que hoje não é cumprido, e  ao final do último ano de mandato, queremos chegar até 30% destinados à educação. Não adianta falar em favor da educação, se não há recursos financeiros para ter uma boa educação. Melhorar a merenda e equipar essas escolas todas é fundamental porque Natal merece uma educação melhor.

Hermano Morais – PMDB

Precisamos rever os conceitos, estimular os professores, recuperar nossas escolas, garantir a participação da família na vida escolar, garantir a educação em tempo integral a quem precisa e garantir vagas para todas as crianças de zero a seis anos. Hoje, existem pais e mães trabalhadores que não têm onde deixar seus filhos. Aos jovens do ensino fundamental, vamos dar uma educação que vá além da sala de aula, utilizando a tecnologia. Vamos garantir o esporte, a cultura, estimular o talento dos nossos jovens e a leitura, garantindo a instalação de bibliotecas acessíveis a  toda a comunidade. Vamos fazer de Natal uma referência em educação porque temos a convicção que é esse o melhor caminho para transformar nossa sociedade. Vamos dar condições ideais à educação, não só com livro didático e fardamento à disposição do aluno, mas com alimentação de qualidade, para que nossos jovens tenham condições de aprender bem e ter um bom desempenho escolar.

Rogério Marinho – PSDB

Na educação estamos vivendo uma tragédia há mais de dez anos. Ostentamos o triste título de pior capital brasileira em qualidade do ensino. Nós vamos mudar essa realidade e colocar Natal, nos próximos quatro anos, entre as dez mais bem avaliadas no país. Para isso, vamos ampliar a oferta de pré-escola, porque é o período que a criança precisa receber o estímulo cognitivo que lhe prepara para ser alfabetizada na idade certa, que é no primeiro ano do ensino fundamental. Vamos estabelecer um ensino estruturado, com método, com gestão, para permitir que os professores tenham apoio pedagógico para alfabetizar as crianças e impedir esse grande câncer que assola nossas escolas, que é o fato de que crianças com dez, onze anos não estão alfabetizadas de forma adequada. Não conseguem ler e escrever um texto de dez linhas, nem decodificá-lo, nem tampouco sabem as quatro operações matemáticas. Vamos dar oportunidade às nossas crianças e nossos jovens. 

Fernando Mineiro – PT

Educação tem um grave problema na nossa cidade que é a garantia do acesso a todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos que ainda precisam do ensino fundamental. Então, nós vamos discutir, no caso do ensino fundamental, projetos e propostas que criem condições de acesso e  permanência da criança e do jovem na escola. Mas a nossa prioridade, sem dúvida nenhuma, será a educação infantil. Temos assumido um compromisso muito claro na garantia da educação infantil, com a ampliação das condições de acesso, da creche à pré-escola, para que as nossas crianças se insiram nesse contexto de transformação que acontece em todo o Brasil. Não é possível avançar e transformar nossa cidade, sem priorizar a educação, desde a educação infantil. Vamos articular o plano municipal de educação, valorizar o magistério, garantindo formação continuada e carreira única, mas também vamos administrar a educação de forma transparente e com uma gestão participativa. 

Roberto Lopes – PCB

Primeira proposta para a educação é a criação dos conselhos populares. É importante que a sociedade participe da construção das políticas de educação, não só os sindicatos, não só os professores, mas a população. É preciso que as escolas conquistem a autonomia financeira, para ter seu caixa escolar, para poder fazer suas compras sem necessitar do aval da secretaria. É importante investir na capacitação, na qualificação e na melhoria dos salários dos servidores. O programa de apoio econômico às famílias. É preciso que a escola absorva as demandas dessas crianças que estão matriculadas e possam trabalhar projeto para que elas recebam acompanhamento fora da escola. Precisamos ter escola com sala de aula boa, com biblioteca boa, com sala de leitura, com instalações adequadas para comportar esse público. Essas são propostas que o PCB vai oferecer na campanha para mudar nosso quadro porque acreditamos que só a educação pode emancipar o homem.

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