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Força e Luz

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Rubens Lemos Filho

O Força e Luz está na Primeira Divisão do Campeonato Estadual e estreia contra o América. Tradicional saco de pancadas na memória do futebol romântico, é uma incógnita seu desempenho, embora 2019 seja bem diferente das pancadas dos anos 1970, quando o Força e Luz, o Ferroviário, o Riachuelo e o Atlético voltavam para casa com excesso de bagagem nas goleadas humilhantes sofridas diante de ABC e América.

Rubinho - Força e Luz

O Força e Luz viveu a exceção de ser grande por duas temporadas. Em 1973 e 1974, o clube recebeu grana alta da Cosern, então pertencente ao Governo do Estado e fez campanhas brilhantes, batendo no ABC e engrossando os jogos contra o América. 
Foi muito dinheiro jogado no Força e Luz que contratou um time acima do razoável, deixando jogadores para figurar nos dois times principais a partir de 1975. O Força e Luz  levou o goleiro Erivan, do ABC, o àquela altura veterano Gena, lateral-direito do Náutico(PE), Hexacampeão Pernambucano e vice-campeão brasileiro de 1967. 
E mais: o zagueiro Oscar, o lateral Olímpio, os pontas Almir(titular do América no ano anterior), o meia-atacante Edvaldo Araújo, vindo do Náutico para o ABC campeão em 1970/71 e o habilíssimo Valdeci Santana, uma espécie de Tiganá dos pobres. Tiganá foi um francês maravilhoso da seleção francesa dos anos 1980.
Em 1974, o time-base do Força e Luz alinhava Erivan; Gena, Oscar, Chico e Olímpio; Zeca, Valdecy Santana e Elson; Almir, Edvaldo Araújo e Ivanildo Arara. Foram para o América Oscar, Olímpio, Zeca e Ivanildo Arara, o melhor ponta-esquerda do Castelão(Machadão). O ABC levou de volta Edvaldo Araújo para formar dupla com Alberi em 1975. 
Mudou o Governo do Estado e o governador que entrou em 1975 era o austero Tarcísio Maia. Ele vetou supérfluos e o Força e Luz reassumiu sua função de sparring. De vítima indefesa dos grandes da época, o ABC de Maranhão, Danilo Menezes e Alberi, e o América de Hélcio Jacaré, Humberto Ramos e Pedrada. 
O Força e Luz de hoje é uma incógnita. Fez uma campanha notável na Segunda Divisão, batendo o sofrido Alecrim na decisão por pênaltis. O time foi formado por profissionais que atuaram no Campeonato Estadual e – para evitar  desemprego prolongado -, fecharam com o Força e Luz. 
No próximo ano, ninguém espere escores degradantes tipo 8×0, 11×2, 9×1, tão típicos do Força e Luz e os seus correspondentes menores nos áureos tempos. O Força e Luz, se montar uma equipe minimamente razoável, pode endurecer contra qualquer um. Não deve ter medo de ABC e América, hoje miragens horrorosas do que foram no passado. 
Cabe ao Força e Luz honrar o lugar que ganhou lutando e vencendo dentro da regra do jogo. É aproveitar jovens que se destacam no futebol de subúrbio e não cair na ilusão de trazer velharias aposentadas pela bola. O Força e Luz, pela primeira vez, entra num campeonato nivelado por baixo, o que facilitará seu trabalho.
Quando a bola rolar, o Força e Luz poderá ser a eletricidade atrevida dos anos anteriores, quando chegávamos ao estádio mais cedo, para vê-lo esfriar o sol das preliminares para os espetáculos que ABC e América ofereciam, tempo que já passou. 
Prejuízo
O Palmeiras(SP) acumula prejuízo de R$ 33 milhões. Foram as quedas em mata-mata, reconhece a diretoria. Grana alta que os torcedores jamais tiveram culpa em produzir.

ABC
Formar um bom meio-campo será essencial. Diá conhece o caminho das pedras. O último meia categórico no alvinegro foi Cascata, campeão da Série C em 2010. Lúcio Flávio, ex-Botafogo(RJ), sabia de futebl, mas não tinha a ginga e o molejo do baiano de Tanquinho, o Casca.

América 
Pelas contratações feitas, o América já tem uma base pronta para iniciar os treinamentos e largar bem no Estadual. São reforços desconhecidos. É o possível, dentro do contexto de Série D. 
Alecrim
Temerária a situação do Alecrim. Todos nós, abecedistas ou americanos, temos um pouco de Alecrim guardado no peito. Clube simpático, já foi grande com direito à espaço exclusivo de sua torcida no Castelão(Machadão). Homens e mulheres apaixonados.
Comovente
Outro dia, na Rede Social Instagram, vi o jornalista Danilo Sá com toda a família, a mãe, a esposa e os filhos, todos uniformizados torcendo pelo Alecrim que vacilou nos pênaltis.

Empresa
Alecrim não tem mais patrimônio e deve procurar sua salvação transformando-se em clube-empresa.

Nefasto gringo 

O Alecrim começou a padecer na subserviência dos seus cartolas ao inglês nefasto Anthony Armstrong, picareta de categoria internacional. Usou o clube e o deixou
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