17 mil pessoas desistem de planos em cinco anos no RN

Aura Mazda
Repórter

#SAIBAMAIS#No recorte de tempo entre março de 2014 a 2019, o número de beneficiários passou de 530.925 mil para 513.165 mil. Uma queda de 3,34% no Estado. Os planos empresariais (aqueles oferecidos pela empresa e que o funcionário colabora com uma porcentagem) e coletivos por adesão (viabilizados para grupos de pessoas definidos de acordo com a sua categoria profissional ou área de atuação) apresentaram, no entanto, aumento de 17% (141.816 mil para 167.108 mil) e 16% (22.741 mil para 26.416 mil), respectivamente.

Na análise do professor universitário e contador Jordy Silva, a diminuição de consumidores de planos de saúde é uma chance para operadores reverem suas taxas. “Esses números são cada vez mais altos, com aumentos acima da inflação. É uma oportunidade para as empresas se reinventarem. As pessoas pagam caro e geralmente são mal atendidas no serviço privado, em momentos de crise acabam migrando para o SUS (Sistema Único de Saúde)”, explicou.

Em maio deste ano, o setor contabilizou, em todo o país, 47.188.528 de beneficiários em planos de assistência médica, no mesmo período de 2018 foram 47.088.201. No segmento de plano odontológico, foram 24.629.591 neste ano, enquanto em 2018 em igual período foram 23.118.482.

Os dados mostram que o segmento odontológico segue em expansão em número de clientes, enquanto é verificada estabilidade na segmentação médica, que teve leve crescimento em relação na comparação anual.

No período, houve aumento na quantidade de consumidores de planos de assistência médica em 16 estados e no Distrito Federal, sendo Goiás, São Paulo, DF e Paraná os líderes em números absolutos. Na segmentação odontológica, apenas três Estados não registraram aumento no número de beneficiários.

Enquanto a crise econômica e incertezas sobre pagamentos das folhas em atraso do estado permanecem, Maria do Carmo disse que a tendência é diminuir os gastos e não adquirir novos serviços além dos essenciais, como água, luz e telefone. O plano do filho que teve que ser cancelado custava em média R$ 120,00 por mês. “Eu não sou a única nessa situação, converso com colegas que me ligam em desespero porque na casa deles está faltando o básico”, constatou a auxiliar de enfermagem.

O Rio Grande do Norte é um dos estados que apresenta, apesar de tímida, alguma melhora em relação a beneficiários de assistência médica este ano em comparação com o ano passado. Em maio de 2018 eram 513.058 e em maio de 2019 foram registrados 515.177, um aumento de 2.119 usuários.