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18 de setembro de 1977

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Trinta e cinco anos, dois meses e alguns dias separam o histórico ABC x América decidindo o Campeonato Estadual de 1977, arbitragem do paulista José Faville Neto, com o tumultuado clássico do último sábado, não decidindo um Estadual, mas um final de série “B” com os dois clubes já garantidos para o próximo Brasileirão. Na súmula, o árbitro relatou que, aos 75 minmutos de jogo (30 do 2º tempo) os jogadores Zeca, do América e Ânderson do ABC se desentenderam, o jogador americano deve ter dito alguma coisa que irritou Ânderson e aí os dois iniciaram uma perseguição, os demais jogadores se envolveram e o tempo fechou. No centro do gramado, de braços cruzados, impassível, o árbitro Faville observava tudo, até autorizar a entrada do policiamento. Foi quando a briga campal terminou, Faville considerou expulsos os 22 jogadores, diante da dificuldade em apontar um ou outro jogador que atuou como mediador.  A súmula com o relatório do árbitro foi parar na Justiça Desportiva, tendo os auditores mantido o resultado de 0x0, suficiente para o América sagrar-se campeão de 1977, já que o time jogava pelo empate. O América estava sob a presidência do prof. Jussier Santos, o técnico era Laerte Dória.

18 de setembro (2)

O ABC tinha sido campeão em 1976 com o folclórico ex-auxiliar técnico do Corinthians Paulista, João Avelino (apelidado de “Papagaio”, por falar demais) e retomou o título em 1978 com o também paulista, já falecido, Valdemar Carabina, o Alvinegro formando uma das suas equipes mais fortes da era Machadão. Tantos anos depois, o futebol potiguar protagoniza outro ABC x América, com o detalhe do árbitro encerrar a partida minutos antes, por motivo disciplinar. Uma das equipes está com número insuficiente de jogadores no gramado. Em 1975, era Faville Neto/FPF, em 2012 Suelson Diógenes/FNF. No jogo de sábado, não aconteceu briga campal, mas chegou perto.

18 de setembro (3)

 A coluna abre uma exceção e reproduz a análise do companheiro Itamar Ciríaco, editor de esportes aqui da TN:

 1) Foi um clássico? Não, foi uma vergonha em rede nacional.

 2) O América tem razão? Não, o que o América fez foi anti-esportivo. Melhor teria sido continuar o jogo honrosamente, do que abdicar do futebol. Errar e justificar os seus erros  em erros alheios não justificam atos incorretos.

3) O ABC tem razão? Não! O ABC não tem razão. O clube permitiu que objetos fossem atirados no gramado. O Alvinegro também não coibiu que seguranças do próprio clube participassem da briga contra jogadores do América.

Erros

Os dirigentes estão corretos? Nenhum deles. A forma como estão conduzindo o futebol enfatizando a rivalidade pelo pior lado possível (preconceito, desprezo pelo rival, sabotagem de lado a lado, vai tornar inviável qualquer clássico. O árbitro esteve correto? De forma alguma. Não conseguiu  manter a disciplina em campo Inverteu faltas e cometeu erros capitais. Alguém merece punição?  Todos merecem, exemplarmente, diz Itamar.

Erros (2)

Objetos no gramado, seguranças participando de atos de violência. b) Atitude anti-esportiva do América, o árbitro por perder o controle do jogo, erros técnicos e disciplinares, o técnico americano fez gestos flagrados pela tevê ao causar prejuízo ao patrimônio do rival, punível pelo CBDF, sujeito a ter de reaver o prejuízo do adversário. Perdeu o torcedor, perdem as instituições e perde o futebol. LAMENTÁVEL. (I.C.)

DENÚNCIA

“Todas as pessoas que ganhavam (desviavam) dinheiro do ABC FC, foram expurgadas por mim. Enquanto eu estiver lá, jamais voltarão ao ABC.” (de Rubens Guilherme no programa “Esportes em Debate”, da Globo/Natal, sábado/domingo.

Ecos

O árbitro Suelson Diógenes, sem dúvida um dos melhores do Nordeste, nos jogos complicados, incorre num erro que pode lhe custar alguns pontos. É o de, nos jogos tumultuados, ficar recuando, dando passos pra trás, na medida em que os jogadores, em grupos e aos gritos, vão fazendo pressão. É um sinal de fraqueza, de medo.

Ecos (2)

É só estufar o peito, ficar parado, posição firme e ereta, na mesma altura responder aos seus agressores advertindo os mais afoitos, de que, quem tocar nele recebe o vermelho, é considerado agressor. Duvido insistirem na pressão…. No auge do seu apogeu, o folclórico Armando Marques jamais se deixou intimidar por qualquer jogador, ídolo ou não.

Tempo quente

Os dois arqui-rivais América e ABC só voltarão a se enfrentar na Copa do Nordeste/2013 (se acontecer o confronto  como decorrência dos jogos), ou então na segunda etapa do Estadual. Se, não, somente na próxima série “B”, a partir de maio. Da forma como está acesa a rivalidade, só com medidas especialíssimas por parte do policiamento. Se não for assim, a solução será campo neutro, nos Aflitos, Ilha do Retiro, no Arruda.

Até no uol

Até os coleguinhas do portal uol.esporte não estão sabendo fazer a diferenciação entre chance e risco. Ontem, lá estava numa das manchetes: Sport tem muita chance de rebaixamento! Em vez de “risco” de rebaixamento. Repito aqui o que escrevi dias atrás, sobre esse mesmo assunto. Um oftalmologista jamais dirá para um paciente seu, que ele tem “CHANCE” de ficar cego… Claro. A pessoa corre o RISCO de ficar cego.  Chance, sim, de se curar.

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