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1º de maio vira ato de protesto contra Lula

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AV. PAULISTA - CUT reuniu cerca de 300 mil pessoas na área dos JardinsSão Paulo – Como prometido pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a grande festa promovida pela entidade em comemoração ao Dia do Trabalho foi palco de muitas críticas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Políticos e dirigentes sindicais de diversas áreas discursaram para as cerca de 1 milhão de pessoas presentes ao evento, segundo estimativas da Polícia Militar.

O senador Cristovam Buarque (DF), pré-candidato do PDT à Presidência da República, não citou nominalmente Lula, mas pediu que os presentes mantivessem a esperança e continuassem lutando “por um país com escola, emprego e salário” para todos. O ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa, também pré-candidato do PDT à Presidência, cumprimentou os trabalhadores mas pediu uma reflexão sobre aqueles que não têm emprego. “Temos que construir uma pátria, cada político da sua região tem que fazer com que cada região cresça para que essas pessoas [os nordestinos] possam ir e voltar de acordo com a sua vontade, não venha pra cá [São Paulo] porque não tem outra alternativa”, afirmou. “Quem tem que andar de cabeça baixa são eles [políticos corruptos], o povo brasileiro tem que ter orgulho de ser brasileiro.”

As críticas mais contundentes, entretanto, vieram do deputado por Pernambuco Roberto Freire, pré-candidato do PPS, e de Paulinho. “Novas conquistas precisam ser feitas, e essa luta que não pára, da resistência, do renovar das esperanças, mais do que nunca é necessária no Brasil de hoje, com a fraude que significou um governo que se dizia dos trabalhadores e que transformou o Brasil em uma república dos banqueiros”, disse Freire.

“Os trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras terão que dizer com a sua luta que futuro queremos para o Brasil. Não mais a continuidade da fraude e nem retorno daquilo que já deixamos pra trás. Vamos tentar renovar o Brasil!” No palanque, Paulinho conduziu uma manifestação de apoio à Varig e falou da campanha apoiada pela Força Sindical para obrigar as empresas a incluir nas notas fiscais o valor pago aos fiscos (federal, estaduais e municipais).

“Quem de nós não tem um parente ou um amigo que está desempregado? Tudo isso é culpa de uma política econômica voltada para o sistema financeiro. Nós convidamos o pessoal do governo para estar aqui, mas eles não tiveram coragem de vir”, disse Paulinho. “Agora no dia 1o. de outubro esse políticos que livraram a cara lá no Congresso vão se ver com o povo, vão ter que pedir o nosso voto, e nós vamos dar um basta à corrupção, vamos dar um basta a essa polítcia econômica de juros altos que desemprega o trabalhador.”

Antes do ato político realizado por volta do meio-dia, Paulinho havia dito que as críticas ao governo Lula marcariam o evento. “Vamos tratar da questão do imposto, porque o brasileiro nunca pagou tanto imposto; vamos falar dos juros, porque os juros nunca estiveram tão altos, fazendo com que não tenha produção, e sem produção não tem emprego”, completou.

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