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40 anos de Copa

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Yuno Silva
Repórter

Humor, futebol, visão crítica e literatura. A partir dessa combinação, não necessariamente nessa ordem, a jornalista e escritora potiguar Kinha Costa embasa o conteúdo de seu terceiro livro “Copa do Mundo: de Riachuelo a Joanesburgo” (CJA Editora, 256 páginas). Como o próprio título sugere, a autora confessa sua paixão pelo esporte e faz uma retrospectiva desde os tempos que acompanhava os jogos pelo rádio no interior do Rio Grande do Norte até os gramados da África do Sul. O lançamento está marcado para o dia 14 de fevereiro, às 19h30, no Teatro de Cultura Popular (TCP/FJA) no Tirol, e Kinha adiantou estar nos preparativos para conduzir o público em uma viagem por quatro décadas e onze Copas.
Apaixonada por futebol, a jornalista e escritora Kinha Costa aproveitou sua visão crítica sobre o que presenciou em Joanesburgo, na Copa de 2010, e colocou em livro não só as impressões mas dicas e retrospectiva sobre o Mundial em sua vida
Tudo começa em 1970, com a conquista do tri pelo Brasil na Copa do México, sob o comando do trio Pelé, Tostão e Rivelino; e segue até 2010 na primeira versão africana do campeonato. Cidadã do mundo, a autora descortina uma espécie de ‘road movie’ para o leitor: depois de sair de Riachuelo e passar por Natal, a jornalista potiguar seguiu para o Rio e de lá para a Europa – Holanda e Dinamarca – antes de esticar até as Filipinas e se instalar na África do Sul.

“Comecei a escrever depois de acompanhar a Copa do Mundo na África. Como estou morando por lá desde aquela época, testemunhei todos os preparativos, a expectativa das pessoas, as construções dos estádios, as denúncias de corrupção; pontos positivos e negativos. Fiquei muito emocionada com o que vi”, disse. No período dos jogos, a potiguar trabalhou como correspondente das rádios Nacional e MEC, ambas com sede no Rio de Janeiro, e uma outra emissora de rádio holandesa.

Na Copa do Mundo de 2010 ela assistiu aos quatro jogos do Brasil, um da Holanda e presenciou a euforia dos torcedores locais e visitantes pelas ruas de Joanesburgo. A partir dessa experiência começou a pensar nos porquês de seu interesse pelo futebol: “Resolvi ir fundo, pesquisar e viajar sempre buscando algo que pudesse alimentar o projeto”.

A escritora também destaca curiosidades, dá detalhes sobre as diferentes formação da seleção ‘canarinho’, fala dos jogadores, curiosidades e fatos referentes às Copas, usando como pano de fundo os momentos políticos e econômicos, e as transformações sofridas pela sociedade brasileira e dos países por onde passava. “Então, além de minhas impressões sobre o futebol, também abordo o contexto histórico, político e sociocultural, tanto do país que estava estava morando no período quanto do Brasil”.

O livro traz ainda uma homenagem ao craque potiguar Marinho Chagas, eleito o melhor lateral-esquerdo da Copa de 1974 na Alemanha, e é dedicado ao mestre da crônica esportiva Nelson Rodrigues. Após o lançamento, “Copa do Mundo: de Riachuelo a Joanesburgo” poderá ser encontrado na livraria Nobel Salgado Filho.

“Clima viagem”

Para ressaltar as andanças da autora, o lançamento de “Copa do Mundo: de Riachuelo a Joanesburgo” será ilustrado por exibição de imagens que ambientam cada trecho do livro. “O clima ‘viagem’ se completa com a narração de trechos do livro. Estimo uns 35 minutos para essa apresentação”, adiantou. Atriz por formação e repórter por intuição, Kinha sobe ao palco do TCP acompanhada dos atores Fátima Fialho, João Antônio Vale e Eliene Albuquerque. “Vamos interpretar alguns trechos e interagir com as imagens”, frisa.

Diferente de seus dois livros anteriores, que tratam de choques culturais e descobertas de outras culturas, neste novo projeto literário Kinha Costa evidencia sua visão crítica e capacidade de contar as histórias a partir da realidade social e política vista nas ruas. O registro do que acontece a sua volta, exemplo de momentos históricos como a queda do Muro de Berlim e ou da morte de Nelson Mandela, vão sendo colecionados ao longo do tempo –assim formatou “Impressões de uma matuta: aventuras brasileiras nos Países Baixos”, de 2003; e “África do Sul: um olhar brasileiro”, lançado em 2008.

“Neste novo livro mergulhei em um baú de memórias, buscando entender a origem desse meu amor animalesco pelo futebol”, analisa. Até hoje ela guarda as vuvuzelas, perucas e makarapas (aqueles capacetes enfeitados característicos das torcidas africanas) do mundial de 2010. Kinha informou que ainda não sabe onde estará durante a Copa do Mundo no Brasil, em maio ela lança o livro no Rio de Janeiro: “Só depois (do mês de maio) que vejo para onde vou. A única certeza que tenho é que ainda tenho muito para escrever sobre outros países”.

Serviço

Lançamento do livro “Copa do Mundo: de Riachuelo a Joanesburgo” (CJA Editora, 256 páginas), de Kinha Costa. Dia 14 de fevereiro, às 19h30, no Teatro de Cultura Popular/FJA – Rua Jundiaí, 641, Tirol.

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