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40 anos de um governo que mudou o Rio Grando do Norte

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PRIORIDADE -  A energia sempre foi uma das prioridades

Luiz Antônio PorpinoColaborador

Vitória fantástica, campanha acirrada, muitos sonhos, mas um obstáculo inevitável e difícil: planejar e executar programas a partir do zero… assim começou o Governo Aluízio Alves em 31 de janeiro de 1961. No próximo dia 31,o término deste governo que conseguiu superar tal barreira e mudou a face do Rio Grande do Norte estará completando-se 40 anos. Suas marcas, ainda hoje, são visíveis: a energia de Paulo Afonso; a implantação dos serviços  de telecomunicações; o programa de estradas; a iniciação da opção turismo para aproveitamento de nossa potencialidade; a construção de salas de aula para todas faixas etárias; iniciação da criação de instrumentos culturais, a partir da Fundação José Augusto; instituição de programas de captação de água, com poços e construção de açudes e barragens…

Boa parte dessas realizações foi resultado de um gesto audacioso do então governador eleito. Aqueles foram os anos (a década de 60), do nascimento da “Aliança para o Progresso”, inspiração americana do recém-eleito Presidente John Kennedy, que acelerava o processo de ajuda aos países sul-americanos. Ajuda desprezada pelo governo anterior do RN. Como constatou a equipe de Aluízio, não havia – entre 840 projetos apresentados aos americanos, durante a reunião em Punta de Leste (Uruguai, com representantes de 20 estados brasileiros -, uma só linha sobre o Rio Grande do Norte. Catástrofe total para quem tinha a intenção de governar um estado pobre, apoiado apenas em planos, hipóteses e sonhos.

Aluízio foi aos Estados Unidos, antes de empossado, e, junto à direção da “Aliança” conseguiu vencer a corrida contra o tempo. Recrutou uma equipe jovem (o Governador com 39 anos, e os colaboradores não passavam das duas décadas…) e criou a Comissão Estadual de Desenvolvimento – C.E.D.-, a iniciativa pioneira que permitiu ao governo iniciar um conjunto de estudos que atingiram todas as metas expostas durante a campanha da Cruzada da Esperança.

Coube ao estudioso dos problemas do Estado, jornalista, ex-senador e ex-governador Geraldo Melo a incumbência de planejar, com uma equipe competente, como inserir o RN no cenário nacional. Iniciada a administração, várias frentes receberam atenção especial. A Área dos Transportes, com a transformação do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DEER/RN) em Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Rio Grande do Norte (DER/RN), permitiu promover convênios com SUDENE, DNER, CNPq, IPR, Ministério de Viação e Obras Públicas, Rede Ferroviária Federal e as Organizações Internacionais, através do Programa Aliança para o Progresso (USAID):

O DER cumpriu todas as exigências para ter acesso aos programas de financiamento, tanto nacional como internacional: sede própria (3.000m²) laboratórios, auditórios, biblioteca, sala de refeições, até um estacionamento (primeiro edifício público) por visitantes e funcionários. A Oficina Central do DER/RN, equipada para reparos e consertos de equipamentos, foi construída em tempo recorde, numa área de 6.000m²; uma das exigências para que as máquinas e veículos, que custaram mais de 2 milhões de dólares estivessem aptos e conservados para o cumprimento da meta prioritária de construção de estradas, pontes e conservação das mesmas.

As propostas e projetos do Governo Aluízio Alves convenceram os técnicos e dirigentes da Aliança para o Progresso, que disponibilizaram US$ 18.000.000 e a malha rodoviária estadual foi redesenhada totalmente. Os trechos Ceará-Mirim/João Câmara; a restauração Natal/Ceará Mirim; os 105 km entre João Câmara/Macau e outras áreas cobrindo todo o Estado estiveram em andamento e concluídos.

 Muitas inovações foram apresentadas, algumas aprovadas como o revestimento solo/sal, no trecho experimental Macau/Natal.

Em busca da energia de Paulo Afonso

Saúde, estrada, agricultura, educação, segurança, água, juntavam-se a um problema que se parecia insolúvel: a produção da energia elétrica para uso comercial, industrial e doméstico.

Desde a época de deputado federal (1945), Aluízio Alves lutava no Congresso Nacional reclamando e encontrando sempre empecilhos de ordem política mascarados por “avaliações técnicas” que insistiam que a distância do Rio Grande do Norte até Paulo Afonso, 600 quilômetros, impedia a chegada dos fios da CHESF até nós. Assumindo o governo, AA incluiu entre outras prioridades a presença dos postes de Paulo Afonso em terras potiguares.

Como parlamentar oposicionista ao Governo Juscelino Kubitschek, Aluízio iniciou sua peregrinação nos gabinetes palacianos e foi recebido com atenção pelas altas direções dos órgãos ligados à produção de energia. Contou com um aliado e amigo importante, o presidente da CHESF, Dr. Apolonio Sales. O presidente João Goulart, dispensou ao RN uma atenção especial, e, em 1963, Paulo Afonso chegava a Santa Cruz para alegria e atendimento do sonho que Aluízio Alves acalentava já fazia muitos anos.

O Seridó foi um das primeiras regiões beneficiadas e Acari, Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Jardim do Seridó, receberam, faz 40 anos as redentoras condições para permitir conforto e progresso por toda a região. O agreste, começava a receber a COSERN, e em Pedro Velho, depois Espírito Santo, e o Governo Walfredo Gurgel, continuou a expansão das linhas da COSERN  a todos os municípios do Estado.

Uma inovação que Aluízio Alves insistia, desde candidato era o aproveitamento dos técnicos em todas as áreas que iriam participar de uma experiência pioneira e audaciosa – governar o RN – era o recrutamento das “pratas de casa”. Alguns “estrangeiros” foram convocados para algumas áreas que não dispunham entre os norte-rio-grandenses; foram poucos que vieram de fora colaborar.

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