A sessão de cinema mais arejada do estado já está pronta para ir ao ar: a Mostra de Cinema de Gostoso dá início a sua 6ª edição nesta sexta-feira e seguirá até o dia 12 (terça), em plena São Miguel do Gostoso, colocando esse aprazível pedaço do litoral potiguar no mapa do audiovisual brasileiro. O evento conta com uma estrutura arrojada e uma programação de alta qualidade, disposta de forma aberta e informal para um público que pode se acomodar em frente à telona com o mar ao fundo. O evento exibe longa-metragens premiados, curtas, produções alternativas, filmes infantis, e contatos com atores e diretores.
Fenômeno do cinema nacional de 2019, Bacurau dialoga com o público ao
mostrar história de cidadezinha que precisa lidar com invasores
A “sala” oficial da mostra é a Praia do Maceió, onde está instalada a tela de 12m x 6,5m, com projeção de resolução 2K e som 5.1., além das 650 cadeiras espreguiçadeiras para receber o público com conforto. Mais de duas mil pessoas costumam comparecer por noite. Além disso, os espectadores têm à disposição uma área de convivência montada antes do acesso à sala, com praça de alimentação e espaço para comerciantes locais. Neste ano o público contará com as presenças de Maria Flor, Karina Telles, Marcélia Cartaxo, Helena Ignez e Anderson Müller, atores e atrizes que já confirmaram presença.
Espreguiçadeiras são novidade na mostra
O festival vai exibir 40 filmes, entre longas e curtas. Geralmente são realizadas três sessões por noite, sendo dois longas e um pacote de curtas. A curadoria do evento leva em conta a realidade local e a eficácia dos filmes em dialogar com a população. A soma destes fatores resultam em sessões lotadas por um público que até então mantinha um contato distante com a produção cultural de outras regiões do país. São quatro longas na mostra competitiva, e mais dois filmes das sessões especiais – incluindo o badalado “Bacurau”. Programe-se para conferir:
Casa (Dir.: Letícia Simões, documentário).
O filme trata da relação entre uma mãe e sua filha, e resgata a história por meio de uma narrativa de construção da memória da família. A trama acompanha o retorno de uma filha ausente (a diretora) à cidade onde nasceu por medo de uma crise de sua mãe bipolar. O filme cruza histórias, formas de escrita, e arquivos de imagens. O documentário da cineasta baiana Letícia Simões arrebatou o prêmio de melhor filme do Festival de Cinema de Vitória, e também de melhor longa da mostra competitiva da 8ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.
Fendas (Dir.: Carlos Segundo, ficção)
Catarina é uma pesquisadora do campo da física quântica. Ela estuda os espaços sonoros escondidos nas variações de luz. Por imersão nas imagens que ela distorce, Catarina descobre um novo espectro de som, que aparentemente abre acesso para outra linha temporal. O primeiro longa-metragem do diretor Carlos teve cenas gravadas em Natal, já que a protagonista é uma pesquisadora recém-chegada ao Rio Grande do Norte. O mergulho em sua pesquisa é, ao mesmo tempo, um mergulho em sua vida. E nesse fluxo, passado, presente e futuro se convergem, dando a dimensão do universo subjetivo de Catarina. O filme estreou no FID – Festival Internacional de Cinema de Marselha -, na França.
Pacarrete (Dir.: Allan Deberton, ficção)
Marcélia Cartaxo vive a bailarina em Pacarrete
Vermelha (Dir.: Getúlio Ribeiro, ficção)
Vermelha reúne diversas narrativas sobre personagens
da vida brasileira
Sessões especiais:
Bacurau (Dir.: Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ficção)
Maior fenômeno do cinema nacional de 2019, “Bacurau” foi vencedor do prêmio do juri no Festival de Cannes, e melhor filme na principal mostra do Festival de Cinema de Munique. O longa está há 10 semanas em cartaz e alcançou a marca de 700 mil espectadores. Mesmo quem ainda não viu já sabe que o filme conta a história de uma cidadezinha do interior do Nordeste chamada Bacurau, que é obrigada a lidar com a presença de visitantes indesejáveis, entre estranhos acontecimentos e assassinatos inexplicáveis. O filme ganhou uma moral extra entre os potiguares por ter sido filmado na localidade de Barra, em Parelhas, interior do RN.
A Noite Amarela (Dir.: Ramon Porto Mota, ficção)
A Noite Amarela narra um grupo de adolescentes viaja para ilha do nordeste e se depara com o horror
08h às 11 – Mostra infantil
15h – Sessão acessibilidade
(Centro de Cultura)
15h- Mostra Nós do Audiovisual (Júlia Porrada)
Mostra Competitiva
20h – Em Reforma; e Pacarrete
09.11
15h30 – Mostra Panorama
Crua; Diz a Ela que Me Viu Chorar
20h – Mostra Nós do Audiovisual
Labirinteiras
20h – Mostra Competitiva
Plano Controle; A parteira;
Casa
23h – sessão especial
Bacurau
10.11
15h30 – Imagens de um sonho; Chão
20h – Nós do audiovisual
Carta branca
20h Mostra competitiva
Sete anos em maio; Vermelha
11.11
15h30
Primeiro ato; A mulher da luz própria
20h – Mostra coletivo
Nós do audiovisual
Ando me perguntando
20h – Mostra competitiva
Marie
Quebramar
Fendas
12.11
15h30 – Looping
Ambiente familiar
20h – sessão especial
A Noite Amarela