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60% dos candidatos faltam concurso

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As provas objetivas e de redação do concurso público da Polícia Militar do Rio Grande do Norte,  que foram realizadas neste domingo (23), registraram a ausência de cerca de 60% dos 12.841 candidatos previamente inscritos no certame. A informação é do Ibade (Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo), que afirmou ainda que “divulgará o levantamento detalhado ainda nesta semana”.

Rio Grande do Norte tem déficit de 5,7 mil policiais militares. Efetivo é de 7,7 mil policiais


Rio Grande do Norte tem déficit de 5,7 mil policiais militares. Efetivo é de 7,7 mil policiais

Esse é o primeiro concurso para Polícia Miltiar a exigir diploma de nível superior aos candidatos. O certame chegou a ser lançado, e cancelado em janeiro deste ano, pela ausência do pré-requisito. Número de inscritos para nível médio foi de 30 mil pessoas.

As provas foram realizadas em três cidades potiguares: Natal, Mossoró e Caicó. O certame prevê o provimento de 1.000 vagas para o quadro de praças da Polícia Militar do Rio Grande do Norte  – 938 para homens e 62 para mulheres. Do total de inscritos, 9.404 são do sexo masculino (73%) e 3.437 são candidatas do sexo feminino (27%).

O resultado final das provas ojetivas deverá ser divulgado no dia 17 de outubro. Os candidatos que forem aprovados na prova deste domingo passarão para a segunda etapa do certame, que contam com  exame de saúde; teste de aptidão física (TAF); avaliação psicológica; investigação social e avaliação de títulos. Após isso, os postulantes à PM ainda precisarão passar por um curso de formação, com duração de oito a dez meses com aprendizado de testes de abordagem, formação militar, prática de tiro, ordem unida, entre outras matérias. 

Por isso, a primeira turma com 500 novos soldados só irá reforçar o efetivo da corporação no final final de 2019 – e se tudo correr conforme as expectativas, a segunda turma deverá concluir o curso de formação de praças no segundo semestre de 2020. Isso porque a estrutura disponível no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar – Escola de Segurança Cidadã (CFAPM) exige a divisão dos aprovados no concurso em duas turmas.

O concurso da PM chega num momento delicado da segurança pública no RN. Isso porque o Estado conta hoje com aproximadamente 7,7 mil policiais e um déficit de 5,7 mil, uma vez que a Lei de Fixação de Efetivo prevê um quantitativo de 13.466 policiais militares em todo o RN. Aliado a isso, o número tende a diminuir com o passar dos anos em virtude dos pedidos de aposentadoria: só nos seis primeiros meses de 2018, 250 policiais fizeram a solicitação, conforme reportagem publicada pela TRIBUNA DO NORTE em julho. Em 2017, 311 aposentadorias foram concedidas e há informações ainda de que 800 PMS estão aptos à reserva neste ano.

Ainda no domingo, circulou no whatsapp uma série de áudios de candidatos do certame que se mostraram “surpresos” com a quantidade de cadeiras vazias que encontraram nas salas de aplicação das provas. “Estou aqui em um local de prova e a sala que tem mais candidatos, tinha sete candidatos. Teve uma sala aqui que teve só um candidato. Rapaz, nunca vi um negócio desse na minha vida não (sic)”, disse.

O candidato também estranhou a separação entre homens e mulheres na hora da aplicação de prova. “Outra aberração que fizeram foi colocar um colégio só para mulheres, nunca vi um negócio desse. Não sei o sentido disso não (sic)”. Outro suposto candidato chegou a  afirmar que “o pessoal não quer ser PM” e que em algumas escolas “tinham mais fiscais que participantes”.

O Ibade não confirma o número de pessoas nas salas relatado nos áudios que circularam durante o fim de semana.

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