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A agenda de Alckmin

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Lydia Medeiros

Geraldo Alckmin, candidato tucano ao Palácio do Planalto afirma que, se eleito, apresentará ao Congresso Nacional logo depois da posse propostas para reformar os sistemas previdenciário, tributário e político, além de projetos para reduzir o peso do Estado na economia. Num evento do site Poder 360, em Brasília, o candidato disse que é preciso usar toda a força política de um governo nos primeiros seis meses do mandato para aprovar mudanças e destravar a economia. O Alckmin de 2018, que patina entre 6% e 8% das intenções de voto (Datafolha), parece ter superado limitações do candidato de 2006. Ele reconhece, por exemplo, que foi um erro ter titubeado na defesa das privatizações. “Estou mais maduro”, disse, propondo alternativas como concessões e parcerias privadas, além da venda de empresas estatais: “O Estado não cabe no PIB”. O candidato do PSDB lembrou: “Primeiro preciso ganhar a eleição.” Essa é a tarefa mais complicada.

Lista
Geraldo Alckmin disse estar convencido de que é preciso privatizar o que for possível e até fechar estatais. Citou dois exemplos, a TV Brasil e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL): “A TV do Lula dá traço de audiência. Para quê? A empresa (EPL) foi criada para fazer o trem-bala. Não tem trem, e a estatal está lá”, criticou.

Marcas do passado
Tasso Jereissati (foto) não cederá aos apelos de Geraldo Alckmin para se candidatar ao governo do Ceará. Além de já ter ocupado o posto três vezes, a passagem do senador pela presidência do PSDB, ano passado, depois das denúncias contra Aécio Neves, deixaram marcas. Contrário às reformas que Tasso pregava no partido, Aécio destituiu o senador, e Alckmin assumiu o cargo depois de desgastante crise.

Café com leite
Embora tenha entusiasmado muito uma parte do PSB, o desempenho de Joaquim Barbosa na pesquisa Datafolha — entre 8% e 10% a depender dos concorrentes — não bastou para convencer os candidatos a governador do partido que o melhor é ter um nome próprio para disputar a Presidência. Márcio França ainda mostra resistência em São Paulo, onde quer Geraldo Alckmin no palanque. Em Minas, Marcio Lacerda conversou longamente com Ciro Gomes (PDT), na segunda-feira.

Criatura e criador 
O ex-prefeito Cesar Maia aceita compor como vice uma chapa com Eduardo Paes para concorrer ao governo do Rio.

Vácuo
Sobre as especulações de que desistirá de disputar a reeleição ao Senado, ampliadas depois que o STF o tornou réu, Aécio Neves (PSDB) repetiu a orientação aos aliados mineiros: responder que a decisão é dele, e que pode ser tomada entre junho e agosto. A indefinição pode atrapalhar ainda mais as já complicadas alianças na eleição mineira.

Sem rumo
No último dia 5, ACM Neto passou mais de sete horas com um grupo de deputados baianos. O prefeito de Salvador listou condições para aceitar a candidatura ao governo do estado: R$ 28 milhões em doações de pessoas físicas e um avião à sua disposição. No fim do dia, havia conseguido tudo. Mas ainda pediu mais tempo para fechar um acordo com o PR e falar com a família. Passou a madrugada insone e, na manhã seguinte, veio a decisão de não concorrer, recebida pelos aliados com adjetivos fortes. Deputados continuam atônitos e refazem as estratégias de campanha.

Big Brother 
Depois da Operação Zelotes, conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) resolveram se prevenir em conversas com advogados de casos que relatam. Alguns deles chamam uma testemunha e gravam o encontro. Desde 2015, a operação investiga o recebimento de propina por conselheiros em troca de votos favoráveis a empresas multadas pela Receita.

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