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A Aleppo brasiliense

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As imagens na televisão mostrando as cenas de vandalismo em Brasília durante as manifestações de protesto contra o governo Temer, a invasão e depredação de ministérios e até da Catedral, destruindo o patrimônio público e cultural da cidade, ato que causaram pavor  aos servidores  públicos   que  tiveram  de fugir, correndo,  dos locais de trabalho, o fogo tomando conta dos quarteirões, o fumaceiro visto de  todos os ângulos,   triste espetáculo que me fez lembrar as barbáries que ocorrem em Aleppo e outras dezenas de cantões da Síria. Me pareceu que os fanáticos de Bashar al Assad, juntos com os curdos e os seguidores do estado islâmico (EI) tinham ocupado a cidade imaginada por JK, projetada por Lúcio Costa e edificada por Oscar Niemeyer.

O terror de Brasília repercutiu no mundo inteiro, no rastro da internet que foi dando subsídios para as manchetes dos jornais e da tevê. Europeus e norte-americanos espantados diante da violência, da barbárie mesmo, do ódio ideológico que se viu na capital brasileira. É difícil encontrar explicações para o que aconteceu quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, diante do Congresso, da sede do Poder Judiciário e do Palácio do Planalto que quase era assaltado.  O jornal O Estado de S. Paulo, em seu editorial de ontem, procura interpretar esse triste espetáculo de vandalismo e destruição. O título já traz bastante conteúdo: “Não é política, é caso de polícia”. Transcrevo alguns trechos:

– Mais uma vez, a oposição dita de esquerda evidencia o seu parco respeito pela democracia e pela ordem pública. Nos últimos dias, transformaram Brasília num campo de batalha, dentro e fora do Congresso. Ontem, hordas de manifestantes impuseram o caos na capital do País, fazendo necessário que o presidente Michel Temer, a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, convocasse as Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem.

– Contrários às reformas e ao governo federal, os manifestantes depredaram prédios públicos, atearam fogo ao Ministério da Agricultar e ainda tentaram invadir o Palácio do Planalto. Não vinham debater propostas ou difundir argumentos, lá estavam para vandalizar. Como lembrou o ministro da Defesa, “é inaceitável a baderna”. E os manifestantes fizeram muito mais do que simples baderna. Impuseram o caos em Brasília.

– O surpreendente é que esse tipo de vandalismo – basta ver as imagens para se dar conta de que não havia qualquer intenção de manifestação pacífica – é visto, por alguns grupos, como demonstração de força política. Ora, trata-se justamente do oposto. Além de ferir os princípios democráticos – o que por sio só já assegura o caráter da ilegitimidade desse tipo de atuação -, atos de vandalismo não têm o apoio da população. São pura e simples manifestação de um autoritarismo que tenta impor pela violência suas posições. É por isso que devem receber uma resposta policial condizente. Isso não é política, e sim caso de polícia.

O editorial também trata do “mau exemplo” de alguns políticos quando da discussão de propostas de reformas nas duas casas do Congresso, onde tem ocorrido, inclusive, “troca de socos, empurrões e pontapés”. Confusão generalizada, triste espetáculo mostrado na televisão. E arremata:

– O País atravessa um momento especialmente delicado, que deveria suscitar responsabilidade em todos, também nos deputados e senadores que, em tempos normais, talvez tenham se habituado a certa irreflexão. É hora de um firme respeito pelo princípio democrático, com a plena consciência do papel que o Congresso pode e deve ter na superação da crise. Menos vandalismo e mais democracia.

Psiquiatria
Do analista político Josias de Souza diante da cena doida de Brasília:
– Depois de virar caso de polícia, a política brasileira entrou em sua fase psiquiátrica. Brasília tornou-se uma espécie de centro terapêutico para o tratamento das neuroses do sistema político.
– Sindicatos e simpatizantes do PT marcharam pela queda de Temer e pela rejeição das reformas. Como o presidente está no chão e as reformas viraram pó, os manifestantes enlouqueceram e quebram o próprio patrimônio.

Chuva Já passa de uma semana sem registro de chuvas no Rio Grande do Norte. Ontem, mais uma vez seguida, o boletim da Emparn saiu no zero.

Já no Ceará voltou a chover na região do Cariri, sul do Estado. Em Porteiras, 31 milímetros, Crato, 28, Missão Velha, 25, Barro, 21. Também tem chuva na região do Inhamuns, ao lado do Cariri. No município do Assaré, terra do  poeta Patativa do Assaré,  22 milímetros. A Funceme tem previsão de chuvas para hoje em todas as regiões cearenses.

Na Paraíba, chuvas esparsas no Sertão (Bonito de Santa Fé, 18 milímetros e Manaíra, 11). Em Monteiro, no Cariri, 8.

Livro Amanhã, sábado, tem lançamento de livro no Sebo Vermelho, no horário de sempre: das 9 horas ao meio dia.  Desta feita Abimael cuidou de uma edição fac-similar de “Padre Monte”, de autoria do padre Luis Teixeira. A edição original é de 1944.
Esta nova edição tem orelha assinada pelo acadêmico Jurandyr Navarro.

Do Sebo Hoje, no Colégio CEI, da Romualdo Galvão, dentro da programação da Semana de Artes Literárias, acontece o Sebo Literário.  É destinado aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. O objetivo é “incentivar a leitura e a formação do pequeno leitor”.

Deveria acontecer em todas as escolas do Rio Grande do Norte, particulares e públicas.

Boas comidas Começa hoje o 1º Simpósio Gastronômico da Praia de Pipa, com o tema “Gastronomia de Negócio”. Palestras, debates e boas comidas. A programação vai até amanhã. Chamo a atenção para a palestra de Ana Rita Dantas Suassuna, autora do livro “Gastronomia Sertaneja” (Receitas que contam histórias). 

O Simpósio é no Centro de Convenções do Hotel Pipa Atlântico.

Boa música O tenor norte-americano Stefano Algieri faz recital hoje à noite (20 horas) no auditório Onofre Lopes, da Escola de Música da UFRN. Será acompanhado pelo pianista Durval Cesetti. Entrada franca.

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