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“A aprovação no curso de Direito da UFRN abriu caminho para a minha realização profissional“

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Meu tempo de fera – Manoel Onofre Neto, procurador-geral de Justiça do RN

Base. Essa foi uma palavra que eu sempre escutei, quando se falava em vestibular. Vovô Maneco, que morava conosco e acompanhava de perto os meus passos e dos meus irmãos rumo à formação escolar, repetia-a como um mantra: “vocês precisam estudar todos os dias para ter uma base sólida e aprovar no primeiro vestibular”.
Manoel Onofre Neto, procurador-geral de Justiça do RN
Ele estava coberto de razão. Percebo com muita clareza que essa base foi estruturada a partir do papel desempenhado pelas tias Zilda e Zeneide no jardim de infância, em Umarizal. Elas apresentaram-me de forma lúdica as cores, letras, sílabas e números. Descortinaram também a beleza do convívio social. Na sequência, vieram os dedicados professores que me acompanharam nos primeiro e segundo graus, também cursados em Umarizal, na Escola Estadual Zenon de Souza: Raimunda, Dalva, Fátima Freitas, Edmilsa e Crismar Cardoso, sob a direção de Lourdinha e Maria José. Cuidaram com carinho do alicerce dessa construção do conhecimento.

Entrou em cena de forma destacada a irretocável, já no segundo grau, a dupla formada por Gercina Dalva e Sinedina. Matemática e português com elegância, estilo e competência. Da labuta dos professores Raimundo Nonato e Edinha surgiu o meu especial apreço pela história e geografia, respectivamente. Do magistério de Da Paz, Aurineide e da minha mãe – que também foi minha professora –, veio o meu gosto pela língua inglesa.  Nessa fase, principiei marcante incursão na política estudantil, integrando o Grêmio da Escola.

Além do convívio provocador e acadêmico com meu avô e sua vasta biblioteca, o contato diário com pessoas próximas que nesse percurso também estudaram, como meu pai, que cursou economia, e minha mãe e Ilma, que morava conosco, que se preparavam para o exercício do magistério, fizeram a diferença na lição subliminar do “faça o que eu faço”.  Não posso me esquecer, ainda, das intervenções igualmente estruturantes de Tio Júnior,  tia Nísia (in memorian) e tio Cícero.

A vinda para Natal teve como foco aprimorar os conhecimentos rumo ao vestibular. Mais uma vez, a tese do meu avô confirmou-se. A base que havia sido cuidada no período anterior, permitiu-me que, com tranquilidade, eu enfrentasse os rigores do Colégio das Neves.

Paralelamente, submeti-me a um minivestibular – o temido exame de seleção para a ETFRN. Fui aprovado para Geologia e lá pude vivenciar outras experiências fundantes, dessa feita, com a intervenção qualificada de professores do quilate de Beteizabete, João Palhano e Varela.

A escolha do curso foi relativamente tranquila. Tinha inclinações tanto para o Direito, quanto para a Medicina. Prevaleceu a influência do vovô Maneco (Manoel Onofre), do bisavô João Vicente e dos tios e parentes, dentre eles Manoel Onofre Júnior, Otávio Pereira e Caio Regalado de Alencar, todos reluzindo festejadas carreiras jurídicas. No dia das provas do vestibular estava tranquilo. Concentrado.

O resultado veio como um divisor de águas. A construção da base foi realmente o diferencial. A aprovação no curso de Direito abriu caminho para a minha realização profissional. Claro que outras tantas horas de dedicação e estudo, fornindo diuturnamente a base que lastreia a minha atuação, têm sido necessárias para que eu possa me desincumbir das importantes responsabilidades exigidas pelo Ministério Público.

Diversos mestres têm colaborado decisivamente nesse percurso. Deixo de citar nomes para não incorrer em injustiças. Estou convencido de que o processo de construção e fortalecimento do alicerce (base) pessoal e profissional implica estudo e dedicação, de forma perene.

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