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A arma do Gira Dança

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Uma arma, uma polêmica. O grupo Gira Dança estréia hoje, a partir das 20h, o espetáculo “Bulas Perdidas” em curta temporada (hoje e amanhã, e ainda dias 19 e 20 de outubro) na Casa da Ribeira prometendo despertar o público para questões como a passividade humana, o preconceito e a violência urbana. Por conta da presença de armas de fogo no palco, crianças com menos de 12 anos não poderão assistir a peça.

O diretor do Gira Dança, Anderson Leão, conta que a idéia é fazer o público pensar no mundo contemporâneo, onde a sociedade é guiada para o consumo. “O espetáculo é interessante porque começa de um jeito e termina de outra forma. No início é tudo muito bonito, as pessoas felizes, e do nada muda tudo. Tem um cara que compra uma arma de presente para o filho, as pessoas expõe seus defeitos”, conta.

Ele conta que o preconceito também será abordado de forma pesada no espetáculo. Como a maioria dos bailarinos do grupo são portadores de deficiência física ou visual haverá um comparação com os bailarinos que não têm esses obstáculos. “Na verdade ainda estamos tentando encontrar a deficiência desses `normais´ do grupo. Quando o espetáculo tratar do preconceito, os bailarinos vão expor a cadeira de roda, o defeito visual, tem uma que vai mostrar o aparelho nos dentes. Quando outro disser que não tem nada vai ser vítima de preconceito justamente por isso”, conta.  

O espetáculo Bulas Perdidas foi aprovado no concurso Klauss Viana da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e, hoje, é patrocinado pelo Governo Federal. Formado por ex-integrantes do grupo Roda Viva, o Gira Dança foi criado em 2005. A concepção e cenografia são assinadas por Maurício Motta, a trilha original é de Gabriel Souto e Jerf e direção geral de Anderson Lobão. Após a temporada em Natal, o Gira Dança segue para Macau (11/11) e Mossoró (18/11).

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