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A bondade vence

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Diógenes da Cunha Lima 
Escritor e presidente da ANL
A bondade, como o amor, é a excelência do viver. Consiste em grande virtude, na vontade firme de fazer o bem. Integra a personalidade de forma natural. Para outros é concebida, e adotada, pelo raciocínio.

A filosofia, a religião, o direito, as artes, a arquitetura e a literatura tratam da bondade com singular característica.

Platão aproximava o belo do bom e do verdadeiro. Aprendemos com o velho professor Floriano Cavalcanti a importância do imperativo categórico de Emanuel Kant, segundo o qual devemos agir de forma que o nosso ato estará bem se pode tornar-se norma universal.

As religiões ensinam regras morais, o dever de ser bondoso, generoso, fazer o bem. Jesus era tão bom que nos convida a amar os nossos inimigos. A benignidade vem do Espírito Santo de Deus, tal como a alegria, a paz e a mansidão. Os mansos inadmitem toda forma de violência.

Talmud, o livro sagrado dos hebreus, ensina que até a morte é vencida pela bondade. Esta, sabemos, pode manifestar-se por atitudes mais simples como o sorriso, o abraço, o presente de valor apenas emotivo, um gesto de carinho.

Se pensarmos bem, ao longo da história, a bondade tem superado supremas distorções da condição humana, do homem lobo do homem. É verdade que, às vezes, na vida e na ficção, a bondade perde.

Shakespeare, com a tragédia Rei Lear, conta a história desse monarca que tinha três filhas com as quais desejava dividir o seu reino. As maldosas bajuladoras Goneril, Regan e a sua amada caçula Cordélia. O teste do rei foi saber o que as filhas pensavam dele. As primeiras deram-lhe endeusamento ilimitado. A outra, franca e de bom coração, disse apenas que o amava como filha. O rei, narcisista, a repudiou e dividiu o seu reino entre as duas mais velhas. Já reinantes, elas tiraram os direitos do pai, levando-o à miséria e à loucura.

A única possibilidade de retorno à condição real, seria por Cordélia que casara com o rei da França. Eles vieram com o exército para libertar o pai. Não conseguiram. Termina a peça com a bondosa enforcada e o seu cadáver nos braços do pai delirante. 

O antônimo da bondade não é somente a maldade, é a falsa bondade. Aquela que é feita com a máscara da aparência.

A verdadeira bondade é a celebração da vida. O viver harmonioso que ilumina a existência humana. A maior cerebração do século passado, Albert Einstein fez a sua profissão de fé: “Os ideais que iluminam meu caminho são: a bondade, a beleza e a verdade”.

Para o homem bom, a bondade ativa mira horizonte permanente, que é percebido pela elevação de espírito.

O dia 13 de novembro foi consagrado como Dia Mundial da Bondade. Na verdade, todo dia é digno do exercício da bondade. A Bondade Vence é meu lema e meu autoconselho. Que também pode servir a outros.

Gestos de bondade em nossa vida tornam mais bela a humanidade.

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