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A Coluna Capitolina

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Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro
[SócioS do IHGRN ]
5,80 metros de altura em mármore cinza, originalmente do Capitólio Romano, cerca de 2000 anos de idade, e oferecida pelo governo italiano, em 1931, para celebrar a primeira travessia sobre o Atlântico pelos aviadores italianos Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin.
Arturo Ferrarin (1895-1941) havia participado da Primeira Guerra Mundial no Batalhão de Aviação. Depois da guerra, tornou-se um dos mais bem-sucedidos pilotos italianos aventureiros que participavam dos raids, viajando longas distâncias e quebrando recordes. Não seria diferente na epopeia para chegar ao Brasil.
Carlo Del Prete (1897-1928) começou a se interessar pela aviação e obteve o seu brevê em 1922. E mesmo tendo sofrido um grave acidente, não desistiu de voar, enfrentando também a travessia para o Brasil.
O aeroplano pesava 6.800 kg, tinha 27 tanques de combustível e estava equipado com rádio que transmitia código Morse, mas não recebia. O motor era um Fiat A22T, 12 cilindros e 550 HP de potência, o que lhe permitia voar a uma média de 163 quilômetros por hora.
A viagem foi um sucesso. Em 5 de julho de 1928, os aviadores alcançaram a costa do Rio Grande do Norte no avião Savoia-Marchetti S-64, proveniente de Roma, após um voo de mais de 49 horas, sem escalas, perfazendo uma distância de mais de sete mil quilômetros e o governo italiano agradecia a acolhida aos aviadores presenteando a cidade com a Coluna.
Trazida a bordo do navio Lanzarotto Malocello, a Coluna foi inaugurada em 8 de janeiro de 1931, na esplanada do cais do Porto, Ribeira. Após missa campal celebrada pelo bispo Dom Marcolino Dantas. Houve a inauguração com benção e discursos do general italiano Italo Balbo e do prefeito de Natal, Pedro Dias Guimarães.
Em 1935, o movimento comunista em Natal derrubou a Coluna, alegando tratar-se de um monumento do governo fascista. A Coluna permaneceu em lugar ignorado até ser reencontrada e novamente erguida na praça João Tibúrcio, e, posteriormente, na praça Carlos Gomes, no Baldo. Por fim, chegou ao Instituto, e aqui definitivamente está, no largo Vicente de Lemos, para quem quiser ver.
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