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A conta de Minas

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Lydia Medeiros

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) congelou a tarifa de metrô de Belo Horizonte por 12 anos. Se fosse uma empresa privada, há muito tempo teria fechado as portas. Só se manteve aberta porque é uma estatal que recebe socorro permanente do Tesouro Nacional. Agora, decidiu recuperar o atraso tarifário e, num país com inflação na casa dos 3,5%, anunciou um aumento de passagens de metrô em Belo Horizonte de nada menos que 88% – passando o bilhete de R$ 1,80 para R$ 3,40. Haveria confusão, não fosse uma ação emergencial do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que foi à Justiça e impediu a cobrança, por liminar. A CBTU é do Ministério das Cidades, entregue por Michel Temer ao PP do senador Ciro Nogueira (PI), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. A empresa mantém 645 cargos e funções para indicações políticas, com salários de até R$ 14.489,83. Terminou o ano passado com patrimônio líquido negativo – nada menos que 897% – em relação a 2016. Ramalho avisou a Temer que iria à Justiça barrar o aumento nas passagens. O presidente pediu que ele conversasse com o ministro Alexandre Baldy (Cidades), mas não convenceu o deputado. O reajuste de 88% ampliou os problemas de Temer com a bancada mineira do PMDB. No topo da lista, cita Ramalho, está a promessa presidencial, em dezembro, de liberar R$ 250 milhões adicionais para a Saúde estadual. “Estamos sendo desrespeitados todos os dias”, diz o deputado, que convocou peemedebistas mineiros para uma reunião hoje.

Dublê de publicitário
O deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) vai sugerir a Lula Guimarães, o marqueteiro do tucano Geraldo Alckmin, um slogan para a disputa presidencial: “Alckmin – segurança para o Brasil”. Acha que o mote alia duas ideias que a campanha quer passar ao eleitor, a de que o candidato é fator de estabilidade para a política econômica e que dará prioridade à questão da segurança pública.

Cenários diferentes
As empresas estatais federais que dependem do Tesouro cortaram 28.744 empregados no ano passado, em comparação com o ano anterior. Ainda assim, continuam com 73.158 pessoas a mais do que tinham na folha de pagamento de 2006. Naquela época, o país estava começando a desfrutar da bonança da valorização das commodities, encerrada na crise financeira que abalou o mundo dois anos depois.

Soma de contrários
O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) tem conversado com todos os possíveis candidatos ao governo do Rio de Janeiro em busca de soluções para o estado. Decano da Câmara dos Deputados, ele também se colocou à disposição, para a disputa, mas acha que não é hora de pedir unidade em torno de nomes, mas de ideias: “Depois de ser eleito onze vezes pelo Rio de Janeiro, tenho o dever de fazer isso. Assisti ao Dr. Tancredo Neves fazer essa construção de contrários (em 1985, final da ditadura militar). O Brasil precisava daquilo. Hoje, é o Rio que precisa”, afirma.

Café amargo
Deputados do PR marcaram café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), amanhã. Levarão queixas: a bancada reclama que não tem recebido relatorias de projetos importantes nem a presidência de comissões especiais. O PR, comandado por Valdemar Costa Neto, é um dos partidos do centrão que levaram Maia ao cargo. E tem conversado com todos os candidatos ao Planalto para garantir uma posição num futuro governo.

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