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A disputa vai recomeçar

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Rio (AE) – A família brasileira do menino S., de 9 anos, decidiu levar de volta aos tribunais a briga pela guarda do garoto, que embarcou na quinta-feira com seu pai, David Goldman, para os Estados Unidos. Ontem, o advogado Sérgio Tostes divulgou nota dizendo que a entrega “não encerra o processo judicial”. O texto contradiz o que foi dito na antevéspera do Natal, quando afirmou que “a família decidiu que a agonia iria acabar” e que estava “deixando claro que as armas estavam depositadas”.

Tostes informou que vai entrar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (RJ e ES). “Caso os tribunais superiores venham a modificar a decisão do TRF-2, a família confia que serão tomadas pelas autoridades brasileiras todas as medidas para que haja o retorno imediato de S. ao Brasil.”

O advogado aguarda o exame do Supremo Tribunal Federal (STF) do mérito do pedido impetrado em nome da avó, Silvana Bianchi. “Caso a decisão seja proferida conforme o pedido da avó, uma carta rogatória será enviada aos Estados Unidos, para que ele seja ouvido em juízo”, afirma o texto. No dia 22, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, concedeu liminar cassando outra, concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, que suspendia a determinação do TRF-2 e resultou na entrega de S.

Nos Estados Unidos, David Goldman contou à rede de TV NBC que ainda não foi chamado de pai pelo filho. A emissora pagou voo fretado que levou os dois do Rio a Orlando em troca do direito exclusivo de entrevistar Goldman. O programa exibido ontem. Goldman disse que o menino não chorou ou ofereceu resistência ao ser entregue pela avó e que ela perguntou se poderia visitar o neto.

“Ele ainda não me chamou de pai desta vez. Não me chamou de nada. Acho que está tentando lidar com esta situação. Disse que poderia me chamar de pai, mas ele não falou nada”, disse Goldman. Ao ser perguntado se chamou S. de “filho”, o americano respondeu que sim. Segundo ele, o momento que mais espera agora “será quando for chamado de pai”.

O programa de TV exibiu imagens em que S. aparece feliz ao jogar basquete com Goldman e o avô paterno e descreve a primeira noite dos dois, em um hotel em Orlando. Ao desembarcar do avião, o menino enviou uma mensagem de texto para avó dizendo que estava bem, segundo o pai. Goldman contou que, ao entregar o neto, Silvana perguntou sobre a possibilidade de visitar o menino nos EUA. “Respondi que não faria com ela o mesmo que fizeram comigo”, disse o americano.

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