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A espera das vacinas

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Garibaldi Filho 
Ex-senador da República
Não podemos deixar de lamentar, em primeiro lugar, o encerramento das atividades das fábricas da Ford no Brasil. Também, nesta semana, houve o anúncio de uma decisão de repercussão negativa para a economia: fechamento de agências do Banco do Brasil. São medidas que provocam desemprego para milhares de trabalhadores, com implicações danosas que vão além do impacto para os profissionais que serão atingidos de forma mais imediata com as demissões. 
No caso do Banco do Brasil, é preciso que a direção desta instituição financeira tenha a sensibilidade e a razoabilidade de, caso não reveja os desligamentos, pelo menos conduza a execução desta decisão de forma negociada e amenize os seus efeitos. Isso com relação aos seus funcionários e também no que diz respeito à prestação dos serviços aos correntistas e aos municípios nos quais estão as agências e postos de atendimento.
Atitude semelhante se espera da Ford, empresa que estava presente no país há praticamente um século e que se beneficiou de incentivos dados pelos governos federal e dos Estados nos quais tinha unidades industriais instaladas. 
Por outro lado, a inflação fechou 2020 em 4,52%, um índice acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Esse crescimento inflacionário foi registrado em parte pela alta da tarifa de energia elétrica, mas também, e principalmente, pelo aumento nos preços dos alimentos. 
Temos, então, um cenário um tanto “dantesco” no que diz respeito à economia, agravado, claro, pela pandemia. 
O que nos traz um certo alento de que se tenha perspectiva de uma possibilidade de retomada, diante de tudo isso, é que a Covid-19 pode ser amenizada pela vacinação tão prometida. 
Não temos como deixar de comemorar o fato de que, finalmente, está  sinalizada uma data para início da vacinação no dia 19 deste mês. 
Se a imunização começar mesmo nesta data, e for em um ritmo que corresponda às expectativas de todos nós que contamos com a vacina, vai representar não apenas um ganho para a nossa saúde, mas a possibilidade reorganização da vida econômica e social. 
Sem a vacina, continuaríamos a experimentar uma insegurança que poderia desestimular empresas, empreendimentos, empresários e trabalhadores. 
Confiamos que o início da vacinação será um incentivo e uma motivação que os diversos setores precisam neste ano no qual a recuperação é necessária e inadiável.
No próximo domingo, a direção da Anvisa — Agência Nacional de Vigilância Sanitária —  estará reunida para decidir sobre os pedidos de autorização do Instituto Butantan e da Fiocruz para uso emergencial de vacinas, desenvolvida em parcerias com empresas farmacêuticas internacionais e instituições de pesquisa. No caso do Butantan, com a chinesa Sinovac, e a Fiocruz com a Universidade Oxford e a AstraZeneca.
Com a autorização da Anvisa, órgão regulador brasileiro para alimentos e medicação, essas vacinas poderão ser finalmente aplicadas em território nacional e não haverá mais justificativas para atrasos no início da vacinação contra a Covid no Brasil. 
Com isso, esperamos, o Ministério da Saúde deverá, sem novos adiamentos, providenciar a ampla aquisição dos imunizantes e a distribuição aos Estados, que por sua vez têm anunciado que adotaram providências para a compra dos insumos necessários para a aplicação nos primeiros grupos que serão vacinados. 
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