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A fatura de 2019

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Lydia Medeiros

Se já era difícil, a privatização da Eletrobras passou a ser miragem no governo Michel Temer. Ontem, um acordo entre os partidos que apoiam o governo e a oposição deixou-a sem data definida. Pelo menos até as eleições. A medida provisória do setor elétrico (MP 814) foi retirada da pauta do Congresso Nacional. Em troca, a oposição se comprometeu a abandonar a estratégia de obstruir votações de outros projetos governamentais. A MP originalmente incluía a empresa no programa de privatizações e era considerada pelo próprio governo um passo fundamental no processo de venda de parte do capital da estatal. Era uma das prioridades de Michel Temer, mas ganhou forte resistência no Congresso, especialmente nas bancadas do Nordeste e de Minas Gerais. O acordo foi fechado no gabinete da liderança do DEM, partido liberal ao qual pertence o relator da privatização, deputado José Carlos Aleluia. Os governistas querem votar medidas provisórias que perdem validade nos próximos dias e projetos como o fim da isenção de alguns tributos sobre a folha de pagamentos para vários setores industriais. O Ministério da Fazenda fez essa proposta ontem como solução para segurar o preço do diesel: até dezembro de 2020 acaba-se com as isenções fiscais sobre a folha de pessoal das empresas, e, em troca, o governo põe fim à cobrança da taxação (Cide) sobre o combustível. Às vésperas da eleição, o Congresso manobra em cima do orçamento. Está jogando uma conta para 2019, com o futuro governo.

Fim da linha
O PT marcou para 15 de agosto a apresentação do registro da candidatura de Lula no TSE. Significa que, até lá, os petistas ficarão de mãos atadas na busca de um “plano B” para a eleição. Os ministros Luiz Fux (foto) e Admar Gonzaga já adiantaram que o ex-presidente não tem chances na Corte, e que o pedido será indeferido.

Isolando Meirelles
Os aliados de Michel Temer comemoraram a candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB, como forma de livrarem-se da defesa do governo nos palanques. Mas acham que se o Planalto tentar atrair aliados para seu candidato terá problemas no Congresso.

Missão quase impossível
Henrique Meirelles terá 60 dias para mostrar que é um candidato viável, previu ontem o senador Romero Jucá. Otimista, apesar dos ínfimos índices de intenção de voto no ex-ministro, Jucá acha que Meirelles pode se apresentar como garantia de estabilidade e atrair o apoio dos partidos de centro: “Quem procurava estabilidade em Geraldo Alckmin pode encontrar nele. Se mostrar tendência de crescimento e os adversários não, pode ser ponto de convergência. Ele será um radical de centro.”

Pagando a conta
Segue a briga entre Litel e Bradespar, sócias na Vale, sobre quem pagará a conta de uma derrota jurídica para o grupo Opportunity. A Bradespar já havia separado R$ 555 milhões para pagar a dívida. Agora, a Litel fez o mesmo, reservando o mesmo valor. Ainda não há acordo à vista.

Microfones ligados
Um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro, Delegado Francischini (PSL), quer discutir hoje na Comissão de Segurança da Câmara a manutenção da prisão de Lula em Curitiba, depois das reclamações da PF sobre as dificuldades na rotina da superintendência na cidade. É apenas uma tentativa de manter a polarização com o petista — que alimenta a candidatura de Bolsonaro.

Sem apoio político
Sobre a nota “Advogados em disputa”, publicada ontem aqui, o presidente da CAARJ, Marcello Oliveira, informa que sua candidatura à OAB-RJ não conta com apoio de partidos políticos e que surgiu para “se posicionar sobre temas que têm piorado consideravelmente as condições de trabalho dos advogados, como a extinção de comarcas e a reforma trabalhista”. Em nota, o PSOL negou apoiar qualquer candidato na disputa da entidade.

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