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A Identidade do vinho

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Pensar que apenas o vinho por si só fala da sua territorialidade é pouco. Nos grandes vinhos, a etiqueta ou rótulo, bem como o formato da garrafa e sua cor, dizem muito a respeito de sua identidade. A garrafa é um claro exemplo disso. Sua cor e o formato podem tornar possível ao conhecedor atento, de longe, supor o tipo de vinho, a casta e até a região de origem. É regra que os vinhos das uvas francesas mais conhecidas no mundo: Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noit, Chardonnay e Sauvignon Blanc, denominadas de castas internacionais, devido a enorme capacidade de adaptação que as torna cultiváveis nos terroirs mais distintos do mundo do vinho, sejam acondicionados em garrafas criadas especialmente para estes vinhos em suas regiões de origem.
Nos grandes vinhos, o formato e a cor da garrafa, assim como a etiqueta ou rótulo, dizem muito a respeito de sua identidade
Assim sendo, os vinhos das castas de Bordeaux, importante região vinícola da França: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot, Malbec, Carmenere (tintas), Sauvignon Blanc, Semillon e Muscadelle (brancas), terão sempre como receptáculo uma garrafa bordalesa, a garrafa dos vinhos de Bordeaux. Da mesma forma, os vinhos das uvas naturais da Borgonha, outra importante região vinícola francesa: Chardonnay (branca), Gamay e Pinot Noir (tintas), serão sempre acondicionados numa garrafa Borgonhesa, garrafa do vinho da Borgonha. Mas, não são apenas as garrafas destas regiões que são reproduzidas no mundo inteiro para a guarda dos vinhos. De tão importante, suas taças também são as mais copiadas no mundo. E, além disso, o corte bordalês, ou mistura de vinhos das uvas que fazem o Bordeaux, e sua barrica bordalesa, barrica de carvalho francês de 225 litros, típica da região, é a mais valorizada e utilizada para maturação do vinho nos quatro cantos do mundo. Por sua vez, os espumantes produzidos em todo planeta são acondicionados numa garrafa denominada de champanhesa ou chempenoise (garrafa do Champagne), sempre de cor verde, dado que a Champagne é a região mais importante do mundo na produção de espumantes, criando uma escola que formou muitos seguidores no mundo do vinho. Mas essa regra, como qualquer outra no universo, tem exceção, no entanto serve de base para a grande maioria dos produtores de vinho do planeta, que a seguem copiosamente.

A Cor Como Indício de Força e Frescor
Ainda fazendo a leitura da garrafa, é importante observar que os vinhos das castas francesas mais usuais, falam ainda através das cores nas cápsulas e nos rótulos sobre sua estrutura e frescor (nível de acidez). É comum observar que vinhos da casta Sauvignon Blanc, por exemplo, em geral, trazem uma cápsula de cor verde limão (cítrico) enquanto o vinhos da casta Chardonnay tem a cápsula um pouco mais amarela. É que a primeira casta é muito mais ácida do que a segunda e isso se reflete na cor da cápsula. Para os vinhos rosados, a cor em geral é a rosa. Entre os tintos, o Merlot é geralmente azul, o Cabernet Sauvignon é vermelho e o Tannat é preto, sendo estas cores indicativas de força, de estrutura. Quando isto não se reflete na cápsula, pode aparecer no rótulo ou simplesmente no nome da variedade descrita no rótulo. Trata-se de uma comunicação sutil que pode dizer muito sobre a estrutura e o nível de acidez do vinho. 

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