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A luta pela cidadania brasileira

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Em 2013, enquanto trabalhava na Turquia numa missão humanitária que atende a refugiados, Abdul Fattah Rabie conheceu a natalense Gedilana Rabiei. O casamento civil aconteceu em 2015 naquele país e um ano depois a cerimônia religiosa foi realizada em Natal. O afegão já tem direito à cidadania brasileira, fato que impede que seja deportado do Brasil, porém, o processo para tanto está parado no Ministério da Justiça sem previsão para ser concluído.
Gedilana e Fattah, casados desde 2015, são ativistas dos direitos humanos. Pedido de cidadania brasileira está parado
Essa dificuldade impede que ele saia do país para os trabalhos nas missões humanitárias dele ou da esposa, ou mesmo encontrar os familiares. “Eu me sinto seguro aqui, apesar de não ter encontrado oportunidade profissional na minha carreira. Amo e gosto das pessoas e tenho minha mulher como exemplo. O grande problema é que o Brasil não tem relações diplomáticas com o Afeganistão e eu não consigo estender a validade do meu passaporte”, disse ele.

Segundo Gedilana, o marido atende aos critérios para obter a cidadania brasileira, mas não há retorno dos órgãos federais sobre a resolução do problema. “Desde setembro demos entrada no processo e está parado no Ministério da Justiça, em Brasília. Sem a cidadania, ele não consegue retirar passaporte brasileiro”, contou a potiguar, que é gestora de pessoas na organização humanitária  Médicos Sem Fronteiras. “Se a gente for convocado para uma missão, eu posso ir, mas ele não”, completou.

Fattah e Lana têm um filho de três anos. Com a pandemia da covid-19, decidiram sair do Rio de Janeiro para Parnamirim, onde residem os pais dela. O afegão trabalha atualmente como como pesquisador de universidades da europa na área de refugiados, mas também atua como mediador cultural e consultor.

A reportagem entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para saber sobre o processo de obtenção da cidadania, mas até o fechamento da edição não houve retorno.

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