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A nova cara da Cidade da Criança

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Yuno Silva
repórter

A paisagem vai se tornando mais amistosa para os lados da Cidade da Criança, no Tirol. Fechada para reforma desde abril de 2008 devido problemas estruturais, insegurança e falta de acessibilidade, os serviços na área estão na fase final de acabamento e os prognósticos indicam que a construtora responsável pela obra vá entrar os trabalhos ainda neste mês de julho. Não há uma data definida para reabertura, mas a intenção é “abrir o quanto antes”, garantiu Vatenor de Oliveira, recém-empossado diretor do lugar. “Está ficando bonito”, disse olhando em volta, “tudo colorido, estão gramando, a lagoa está livre de esgoto, outro astral!”, anima-se. O valor total da reforma bate na casa dos R$ 7,2 milhões.
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Não há data fixada, mas a reabertura das portas pode acontecer durante programação do projeto Agosto da Alegria. O valor do ingresso também não foi decidido, mas o funcionamento será de terça a domingo, das 8h às 17h – abrindo às segundas-feiras apenas para praticantes de cooper, mesmo esquema do Parque das Dunas. A Cidade da Criança é vinculada à Fundação José Augusto, que assume a área logo que a Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN) der a reforma por encerrada. Técnicos da SIN têm se reunido semanalmente para acompanhar o andamento da reforma.

A reportagem do VIVER visitou o local na manhã de ontem e conferiu o trabalho dos operários dando os últimos retoques na pintura, jardinagem, alambrados, rampas e corrimãos. Basicamente faltam instalar os brinquedos do playground, equipamentos e mobiliário. O perfil austero das novas edificações passam a impressão de durabilidade (que assim seja!), mas  vale a ressalva para a fachada do local: o muro alto e o prédio em forma de caixote, que abriga a recepção e administração, tiram a visão de quem circula pela Av. Rodrigues Alves, detalhe que evita a integração da área verde à paisagem do bairro.

Dúvidas
Sobre o uso das edificações, há dúvidas apenas em uma, a maior entre as novas estruturas construídas em volta da Lagoa Manoel Felipe, que pode ser um restaurante, um salão de festas e/ou uma academia de ginástica (vai depender das parcerias que estão sendo negociadas). O plano para instalar um planetário não está descartado, mas ficará para uma próxima etapa – falta verba para construir a cúpula que irá receber o equipamento, já desatualizado, adquirido em 2009 por 780 mil dólares e armazenado há cinco anos em um galpão da Marinha.

A Cidade da Criança, inaugurada em 1962 com show de Ataulfo Alves, tem pouco mais de 30 mil metros quadrados e possui espaço para biblioteca, museu de taxidermia, capelinha, posto de saúde, brinquedoteca, lojinhas, quiosques e praça de alimentação, anfiteatro para 350 pessoas, auditório climatizado com 90 lugares e bicicletário. Alguns desses espaços serão tocados por instituições parceiras: a biblioteca, por exemplo, ficará à cargo da Secretaria de Educação. Ainda estão previstas criação de escolinha de trânsito montada pelo Detran, lojinha de artesanato gerenciada pela Sethas e espaço para a Caern.

O museu taxidérmico, por sua vez, exibe acervo do Museu de Ciências Morfológicas da UFRN. “Teremos quatro ambientes: Caatinga, Mata Atlântica, Mar e Invertebrados; e todas as visitas serão monitoradas”, adiantou a professora Simone Almeida, diretora do Museu da Universidade Federal, que coordenava a montagem da sala dos invertebrados.

Pedalinho
Em 2008, quando foi fechada ao público, a Lagoa Manoel Felipe sofria com ligações clandestinas de esgoto, problema que o diretor da Cidade da Criança afirma ter sido resolvido. “Quando estiver tudo terminado, vamos fazer a limpeza final da lagoa, que agora só recebe água da chuva, e aumentar um pouco o nível da água”. Vatenor acrescenta que o Governo do RN já trabalha na licitação dos pedalinhos.

Sobre a possibilidade do espaço receber projetos culturais realizados por terceiros, Oliveira destaca que “há abertura para isso” mas que cada “proposta será avaliada” para verificar se a Cidade da Criança comporta, se é compatível com o perfil do lugar e se não traz prejuízos para seu funcionamento normal. “Aqui, durante a noite, com tudo iluminado e funcionando, fica muito bonito”, ressaltou.

Números
7,2 milhões é o valor total da reforma da Cidade da Criança.
30 mil metros quadrados é o tamanho da área ocupada.

Memória
2007
O Ministério Público recomenda o fechamento por falta de segurança em torno da lagoa.

2008
A Cidade da Criança fecha as portas para o público.

2009
Primeira licitação define a M&K Comércio e Construções Ltda como empresa responsável pela reforma.

2010
Obras atrasadas e novo prazo para conclusão é anunciado.

2011
Após dez meses paralisadas, obras são retomadas. MP recomenda instalação de rampas para garantir acessibilidade.

2012
Construtora Ramalho Moreira assume as obras no mês de dezembro.

2013
Governo do RN anuncia novo prazo para conclusão: dezembro de 2013.

2014
Em fevereiro deste ano, a reinauguração é agendada para o mês de abril; novo prazo de conclusão da obra é anunciado: julho.

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