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A prata e as mulheres de luta

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Depois de 40 anos como professor universitário, em 2014 Aldenôr Gomes resolveu revisitar uma habilidade de quando era jovem no seminário e moldava metais. Numa temporada em Recife fez um curso de ourivesaria em prata e passou a se dedicar a essa arte tão antiga. Em “É Tempo de Margaridas”, sua segunda coleção, ele apresenta peças em prata que unem a história da luta de mulheres como Margarida Alves, sindicalista rural assinada na Paraíba, e a artista visual mexicana Frida Kahlo, símbolo latinoamericano do empoderamento feminino.

Brincos em prata com detalhes de Frida Kahlo

Brincos em prata com detalhes de Frida Kahlo

A coleção reúne cerca de 30 peças, entre aneis, colares e brincos. Para o público masculino, há adereços para chapéu e cachimbo. Todas as peças foram forjadas manualmente e seus preços variam de R$ 150 a R$ 600. A inspiração para essa coleção de exaltação ao feminino surgiu naturalmente. Sua primeira exposição, “Outonianas”, foi inspirada nas flores do sertão. No embrião dessa nova coleção ele seguiu na produção de flores. A maioria delas eram margaridas, dai surgiu a ideia de ampliar o trabalho para o universo de mulheres lutadores, a partir da história de Margarida Alves.

“Trabalhei 40 anos ensinando e pesquisando temas relacionados ao meio rural. E a história do assassinato da sindicalista rural Margarida Alves por proprietários de terras na Paraíba foi algo que me tocou bastante. Parti dela para falar da força e da luta das mulheres”, comenta Aldenôr, que escolheu trabalhar com a prata pela sua nobreza e facilidade de utilizá-la. “Eu tinha uma experiência antiga com a prata. Apesar de nobre, não é um material tão caro e é bom de manusear”.

Aldenôr Gomes fez peças para mulheres e acessórios masculinos

Aldenôr Gomes fez peças para mulheres e acessórios masculinos

Serviço
Exposição “É Tempo de Margaridas”, de Aldenôr Gomes
Dia 6 de outubro, às 19h30
Espaço Duas (Rua Praia Diogo Lopes, 2197, Ponta Negra). Entrada gratuita.

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