Carlos Eduardo – Prefeito do Natal
Lendo a Tribuna do Norte do último domingo, deparei-me com uma reportagem sobre a zona norte de Natal a partir de pesquisa monográfica de uma estudante da UFRN, onde ela ressalta os principais problemas daquela área da cidade e as maiores demandas de seus moradores.
A partir daí, considero importante que se coloque neste espaço que a atual administração municipal tem planejamento e organização financeira. Daí poder elencar várias iniciativas, projetos e ações administrativas em favor da maior região da cidade.
Em primeiro lugar, é preciso situar que, nesta gestão, a prefeitura tem investido cerca de 50% de seu orçamento na zona norte, porque entende que as demais regiões administrativas da cidade contam com mais de 400 anos de investimentos públicos, ao passo que a zona norte não completou ainda 35 anos de existência. Apesar disso, registra um crescimento vertiginoso a ponto de sua população ultrapassar o número de habitantes da maior cidade do Estado, que é Mossoró.
Como resultado dessa política, a prefeitura injetou e vem aplicando mais de R$ 160 milhões na região. Assim, nos serviços de urbanização destacam-se os projetos da Redinha, com investimento de R$ 2 milhões, da avenida Itapetinga, ao custo de R$ 2,3 milhões, e da comunidade África, uma das áreas mais degradadas de Natal, onde são aplicados R$ 13 milhões. Na saúde, além da reforma de unidades de saúde em Nordelândia, Potengi, Planície das Mangueiras e Parque dos Coqueiros, a grande obra será a Maternidade da Zona Norte, em processo de licitação para ser iniciada em abril, ao custo de R$ 4,5 milhões.
Nas obras de trânsito, transporte e acessibilidade, ressalto duas importantes parcerias com o Governo do Estado. Na ponte Forte-Redinha, a prefeitura aplicou R$ 11 milhões e o Pró-Transporte requer investimento de R$ 72 milhões. Este projeto inclui a duplicação das avenidas das Fronteiras, Rio Doce e Tocantínea, todas com faixas exclusivas de ônibus. Prevê ainda duas estações de transferência, quatro terminais de ônibus e quatro de opcionais, duas passarelas, duplicação de parte da avenida Moema Tinoco, construção do terminal de ônibus intermunicipal na Tomás Landim, duas estações de trem e um viaduto. Além disso, no ano passado foram aplicados mais de R$ 1 milhão em pavimentação tanto asfáltica quanto a paralelepípedo em diversas ruas, travessas e avenidas da zona norte. É bom frisar também que a nossa administração concluiu, depois de longo tempo, o terminal rodoviário da zona norte, em Soledade.
Os serviços de melhoria da convivência dos moradores incluem as praças da Paz, no Parque das Dunas, do Parque dos Coqueiros e do Gramoré, onde foram investidos mais de R$ 900 mil, e as áreas de lazer de Panatis, Soledade e do Gramoré, que requerem aplicação superior a R$ 1,7 milhão. Sem falar nos avanços culturais proporcionados pelos vários cursos de arte do Espaço Cultural Francisco das Chagas Bezerra de Araújo, o popular Chico Miséria.
A região ganha também dois dos projetos de maior investimento da prefeitura. O primeiro deles é a macrodrenagem do bairro de Nossa Senhora da Apresentação, cuja primeira fase tem previsão de conclusão no mês de abril. Ali a prefeitura investe agora R$ 3,5 milhões na drenagem tubular e retangular da lagoa do Loteamento Aliança, no esgotamento sanitário e na pavimentação da área. Além disso, estão sendo construídos mais uma lagoa de captação no Jardim Primavera e um canal ligando as lagoas de Aliança e do conjunto Soledade. Depois disso, será feita a drenagem e pavimentação de 20 ruas adjacentes. Numa segunda etapa, as obras prosseguem num investimento global de R$ 17 milhões.
O outro projeto é a principal obra esportiva desta gestão, o ginásio poliesportivo da zona norte, um antigo sonho dos moradores da região, cujas obras já foram iniciadas e têm prazo de conclusão marcado para o dia 5 de junho de 2008. Nele, a prefeitura investe R$ 17 milhões para uma praça de esportes com capacidade para 10 mil pessoas, estacionamento para 700 veículos e área urbanizada. Erguido entre os conjuntos Gramoré e Nova Natal, o ginásio terá quadra poliesportiva, cobertura de concreto, alumínio e policarbonato, placar eletrônico, vestiários, banheiros, tribuna de honra para 60 lugares, cabines de imprensa e áreas de acessibilidade para portadores de deficiência
Nos cuidados com a educação, é importante frisar a parceria com o governo federal para a implantação do Cefet da zona norte, quando a prefeitura fez a doação do terreno para a construção daquele moderno centro de ensino. Além disso, das 11 escolas em construção no município, 6 delas estão na zona norte, mais precisamente em Pajuçara, Brasil Novo, Santarém, Potengi, Vale Dourado e Vista Verde, onde são aplicados recursos da ordem de R$ 7,6 milhões. E já estamos licitando mais duas escolas do ensino fundamental e um centro de educação infantil para aquela região.
Pelas imensas necessidades de infra-estrutura da zona norte, é claro que há muito por fazer e muitas demandas ainda a reprimir. No entanto, é inegável a ação e a disposição da prefeitura para o enfrentamento das questões mais básicas daquela área. Na verdade, nunca em outra administração a zona norte recebeu um volume tão grande de investimentos para melhorar a qualidade de vida de seus moradores. São obras estruturantes que irão modificar em muito o dia-a-dia daquela população e que já atraem a atenção da iniciativa privada, de que são exemplos maiores a segunda loja do Carrefour na cidade e o shopping da zona norte.
Desse modo, cônscia de suas obrigações, a nossa gestão vai continuar a priorizar as atenções voltadas para a zona norte, como forma de redimir aquela região de um descompasso histórico. Afinal, cabe ao gestor público ordenar o crescimento sustentável da cidade, considerando todo o cenário urbano, sem segmentá-la em ilhas, departamentalizar regiões ou fragmentar sua geografia. Natal é um todo e como tal deve ser vista e planejada, para que seja bem melhor para todos.
