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A relação entre consumismo e estética é tema de estudo

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O que Cleópatra, a mais famosa rainha do Egito, e o aclamado cantor pop Michael Jackson têm em comum? Para estudantes do Instituto Educacional Casa Escola, quando o contexto se refere à preocupação excessiva com a aparência física, as duas personalidades se assemelham em inúmeros aspectos, cada uma dentro das possibilidades da sua época.

Para incentivar a reflexão sobre a busca desenfreada da sociedade pela perfeição estética,  alunos do 3o ano do ensino fundamental participam, desde o início deste mês, do estudo interdisciplinar: “O corpo como objeto de consumo ligado à saúde e à estética”.

Na busca pelo padrão de beleza ideal, diariamente, cada vez mais pessoas se submetem  a tratamentos estéticos, bem como a procedimentos cirúrgicos de diversas naturezas. O assunto é sério e exige atenção, sobretudo dos brasileiros. Segundo o relatório divulgado este ano, pela  Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o País já ocupa a posição de líder mundial na realização de procedimentos cirúrgicos estéticos, superando os Estados Unidos.

Diante disso, a coordenadora do projeto da Casa Escola, professora Giselle Dionísio  explica que o trabalho tem a proposta de despertar a reflexão dos alunos, sobre situações do cotidiano que valorizam a “perfeição” do indivíduo, através do modismo retratado na mídia, pelos anúncios de produtos e serviços relacionados à saúde do corpo. “A ideia é, por meio deste trabalho, demonstrar que a busca incessante da sociedade pela perfeição estética está relacionada a uma competição imaginária, em que o desejo pessoal está voltado para a ascensão social, profissional ou mesmo afetiva. Também esperamos que os alunos possam refletir sobre o uso excessivo de produtos e serviços utilizados no cotidiano para manter o bem estar momentâneo, percebendo seus efeitos positivos ou não”, observa.

Interdisciplinaridade a todo vapor
Para a execução do trabalho que está em andamento e será apresentado na Exposição

Pedagógica da Casa Escola, nos dias 26 e 27 de setembro, os estudantes demandam conhecimentos de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia e História, sempre relacionados às práticas do cotidiano. Como? A coordenadora do projeto explica melhor: “na Língua Portuguesa trabalhamos com diversos tipos de gêneros trazendo significado e funcionalidade para a escrita. Em Matemática enfatizamos a leitura de gráficos extraídos das pesquisas realizadas pelos alunos, montamos uma tabela de gastos dos produtos e serviços, bem como situação-problema envolvendo o sistema monetário, multiplicação, adição e subtração.

Em Ciências explorams a importância da atividade física, uma boa alimentação para a saúde do corpo. Em História observamos a história da beleza e o uso de produtos naturais (ou não) pelas personalidades históricas como Deuses gregos, a rainha Cleópatra, comparando com as  celebridades da atualidade. E por fim, em Geografia direcionamos as aulas voltadas à localização dos lugares que encontramos esses serviços”, diz.

A professora do 3o ano, Adelyanne Kalynne de Souza, acredita que o trabalho já tem trazido resultados positivos. “Na fala dos alunos podemos perceber que os nossos objetivos estão sendo alcançados, eles estão tendo o entendimento do que é o consumismo exacerbado e suas consequências”. E isso parece se confirmar, a aluna Amália de Sousa, 3o ano do  fundamental, diz ter se envolvido muito com o projeto. “Estou aprendendo sobre como ter uma boa alimentação e de que forma podemos nos exercitar. Aprendi também que as pessoas são diferentes e precisam aceitar a sua beleza natural. Muitas delas querem ser iguais às modelos dos comerciais e saem comprando o que veem na TV. Com isso, acabam prejudicando a saúde”, destaca.

Para o estudante Henrique Peixoto, também do 3o ano do fundamental, o consumismo exagerado em torno da estética acaba atrapalhando outras prioridades. “A compra de produtos de beleza, às vezes, faz com que as pessoas gastem muito e por isso deixem coisas importantes  de lado por falta de dinheiro, como por exemplo ir a algum lugar para passear com a família”, observa o estudante.

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