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A vez do espermatozoide

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Primeiro de julho, consagrado aos santos Martiniano e Teodorico, lua em quarto minguante já chegando à nova. Alcançamos metade do ano. Nada para comemorar. O governo Robinson Faria chega um ano e meio de mandato (faltam dois e meio) com o pagamento atrasado do funcionalismo. Nos governos anteriores o pagamento começava dentro do próprio mês, dias 25, 26, 27.  Agora o atraso é de dez dias, quinze dias. Segundo os blogueiros oficiais o pagamento de junho deve começar no dia 5 e se estenderá até o dia 12. Não se sabe se os blogueiros estão atrasados. Sabe-se, sim, que o governo também não pagará a primeira parcela do 13º salário, que sempre era pago antes do final de junho, derna dos tempos dos holandeses.

Há a informação oficial de que apenas uma parte do professorado, os chamados ativos, receberia, hoje, essa primeira parcela. Os professores aposentados – coitados – não receberão.  O governo não explica porque adotou este critério discriminatório. Por que o professor aposentado não recebe o seu 13º salário que tem o mesmo direito daquele que está na sala de aula? Há coisas inexplicáveis no governo.  Por exemplo: para efetuar o tal pagamento dos professores o governo não está se servindo do orçamento estadual. Está usando recursos financeiros que não são seus.  São do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, conhecido no Beco da Lama e arredores pela sigla de “Fundeb”.

Mas não era isso que eu queria falar nesta sexta-feira.  Tinha encontrado outro assunto, lendo a coluna de Clóvis Rossi, o veterano e competentíssimo Clovis Rossi, na Folha de S. Paulo, de ontem, 30. O tema é o tal do Brexit que continua nas manchetes de todos os jornais do mundo. Dias atrás, na mesma Folha, já havia lido a deliciosa crônica de João Pereira Coutinho em cima do mesmo mote. São essas coisas gostosas que a gente vai encontrando nas páginas dos jornais. O título da crônica de Rossi, “Falência de Políticos”. O mote dá um doutorado e mais uns três ou quatro pós-pós. Vai longe.

Logo no primeiro período tem uma revelação fantástica. Fosse numa roda mais modernosa, mais do jeito modernoso de falar, seria uma “revelação incrível. ” Ross se refere a um cartaz que foi visto durante manifestações realizadas dia 28, terça-feira, diante do Parlamento britânico, em Londres.  Manifestações contra a saída da Inglaterra da União Europeia. O tal do Brexit. Veja como soa afinadíssimo, como se fosse uma regência do Padre Pedro Ferreira, o começo da crônica de Rossi:

“Na manifestação de terça (28) contra o Brexit, diante do Parlamento britânico, um jovem carregava um cartaz tosco, mas eloquente: “Políticos são como espermatozoide. Um em um milhão vira (ser) humano”.

“Não creio que ganhe um Nobel de Biologia, mas seguramente é candidato a aplausos de uma parte considerável da humanidade. ”

Clóvis Rossi continua:

“Se já havia desconfiança universal em relação aos políticos, o Brexit, a saída britânica da União Europeia, levou-a ao paroxismo. Prova-o a coluna Ellie Mac O’Hagan (Centro para Estudos Sociais e do Trabalho), em “The Guardian”: “Não há nada como uma crise constitucional para expor o que só pode ser descrito com a abjeta porcaria de nossa classe política”

Pelo que se conclui (o artigo prossegue por mais uns dez períodos) essa análise sobre a “classe política” pode criar um selo internacional. Ela, a classe política, é abjeta lá, no primeiríssimo mundo, como pode ser pelas bandas de cá, terceiríssimo.  Aconselho o prezado leitor destas mal traçadas linhas passar uma vista pelo artigo inteiro de Clovis Rossi. Vai na web.  Não é todo dia que se fala com tanta ênfase sobre espermatozoide.

Na Academia
Está marcada para o dia 13 a posse da professora e escritora Eulália Duarte Barros na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Ela ocupará a cadeira n. 13, cujo primeiro ocupante (o fundador) _foi Luís da Câmara Cascudo. A nova imortal sucede a escritora Ana Maria Cascudo Barreto. O patrono é o historiador Luís Fernandes.

Livro
A editora Jovens Escribas anuncia o lançamento do livro de poemas “Palavremas”, do poeta, médico e vereador Franklin Capistrano. Este é o seu quarto livro. Vai ser no dia 7 no Solar Bela Vista, começando coisa das 18 horas.
Na mesma noite haverá o relançamento do livro de Pablo Capistrano, filho de Franklin, “Os corvos chegaram para o jantar”. São contos.

Língua
O Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas da UFRN (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes) promoverá, nos dias 4 e 5, o I Encontro de Língua e Cultura Hebraica da UFRN. Será no Auditório B do CCHLA, começando às 9h30.

Garibaldi
O senador Garibaldi Filho vai relatar em plenário, na sessão do Senado marcada para a próxima terça-feira, 5, a proposta de emenda à Constituição que disciplina a instituição do consórcio público de saúde.
O texto inicial da PEC 46/13 viabilizava que, por meios de consórcios públicos, fossem contratados médicos para trabalhar nas regiões mais isoladas (periferias das grandes cidades).  Uma emenda incluiu a possibilidade de médicos contratados atuarem também em serviços hospitalares e ambulatoriais de caráter regional.

No rastro do boi
Acontece hoje na Fazenda Londrina, município de Touros, o 1º Dia de Campo da Raça Sindi do Rio Grande do Norte.  Uma raça bovina (zebuína), vinda do Paquistão, e que é o maior sucesso na pecuária brasileira. Haverá apresentação de animais e palestras.
Os palestrantes serão o dr. Guilherme Costa Lima, dos quadros da Embrapa e da Emparn, o médico veterinário Orlando Cláudio Procópio e Rodrigo Coutinho Madruga, técnico da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu). Começa ás 9 horas. 
O anfitrião é o Geraldo França, dono da Fazenda Londrina, criador campeão da raça Sindi.

Política
Quando acabará a “propaganda política obrigatória” na televisão? Não há nada mais chato por estes trópicos maltratados

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