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ABC avalia recurso contra o Treze/PB por atleta irregular

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A penúltima rodada do grupo A, na Série C, acabou sendo trágica para o futebol potiguar, que viu o ABC ser rebaixado dentro das quatro linhas, além do Globo entrar para zona de rebaixamento e passar a depender da vitória sobre o Alvinegro na última rodada e de um tropeço do Treze-PB, no clássico diante do Botafogo-PB. No entanto, notícias de irregularidades circundam os bastidores da competição e a diretoria abecedista acena com a possibilidade de recorrer ao “tapetão” na esperança de se salvar do rebaixamento.

As esperanças de continuar vivo na competição pararam nas mãos do goleiro Andrey, que defendeu um pênalti cobrado por Wallyson


As esperanças de continuar vivo na competição pararam nas mãos do
goleiro Andrey, que defendeu um pênalti cobrado por Wallyson

Essa batalha travada nos bastidores, para não ser suficientemente grande para animar a comissão técnica, que após o empate de sábado diante do líder Sampaio Corrêa, marcou a reapresentação do elenco apenas para amanhã, deixando patente que o clima no clube já é de despedida da temporada. A questão que a diretoria alvinegra vem analisando junto ao departamento jurídico do clube, está sendo avaliada e mantida em sigilo, mas a meta é provocar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com relação a uma possível irregularidades.

Toda questão gira em torno da situação do atleta do Treze, Breno Calixto, que vinha disputando a Série D pelo Cianorte, onde foi punido com três cartões amarelos e se transferiu para o clube paraibano sem cumprir a punição automática. O clube paraibano se defende mostrando um ofício da própria CBF dizendo que o atleta em questão “não possui punição pendente de cumprimento”.

Porém, no próprio ofício expedido pelo Departamento Técnico, a entidade destaca o artigo 49 do Regulamento Geral da Competições, explicitando que “é responsabilidade única e exclusiva de cada clube disputante da competição, o controle e o cumprimento de penalidades decorrentes da aplicação de cartões amarelos e/ou vermelhos, bem como de sanções aplicadas pela Justiça Desportiva e CNRD”.

Na visão de membros do conselho deliberativo abecedista há dúvida sobre a interpretação do regulamento e eles querem levar o caso para ser apreciado pelos membros do STJD.

“O espírito da aplicação de cartões não visa apenas coibir a violência, ele é também um instrumento pedagógico. Não há cabimento um jogador receber três cartões amarelos, se transferir de uma série para outra do Brasileirão e ficar livre da punição que recebeu. Nessa situação não é o clube que continua na Série em questão que é punido, mas sim o atleta, é uma punição pessoal e ele deve cumprir independente de série”, explicou Cláudio Emerenciano, presidente do conselho deliberativo abecedista.

A frente do caso, o advogado do clube potiguar José Wilson ressaltou que está analisando a questão e vai se debruçar sobre a legislação esportiva para saber se existe lógica na reclamação. “Se acreditar que não existe fundamentação, não recorro e vou aconselhar o clube a não fazer isso também. Por enquanto não posso falar muito sobre o caso”, alegou José Wilson.

O presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), José Vanildo, disse não saber da questão que vem sendo levantada pelo ABC, porém ressaltou que se o clube acredita possuir uma causa justa nas mãos, deve mesmo recorrer.

“Realmente não sei do que se trata essa ação, mas tudo vai depender da questão que será levantada. Se o clube acreditar na boa causa, tem o direito e deve mesmo recorrer. De vez em quando pode ocorrer um problema de regularização, se há o que se contestar, então esse é o momento”, destacou o presidente da FNF, que na situação atual, com um time já rebaixado nas questões técnicas e o Globo seriamente ameaçado, torce para que pelo menos um se salve da Série D.

Tecnicamente já se conhecem três dos quatro rebaixados para Série D do próximo ano, faltando apenas definir a última vaga. Além do ABC também já caíram o Atlético Acreano e a Luverdense. A última vaga está entre Treze e o Globo.

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