Elenco do ABC trabalha sob pressão e acompanhamento observou necessidade de uma pausa
Rogério Judson, preparador físico do ABC revelou os números relativos às atividades dos atletas, registrados pelo GPS. “Temos uma comissão técnica multidisciplinar no ABC, muito competente. Todas as nossas seções de treinamento são monitoradas através de um GPS, que nos dá informação não só do volume de treino, mas principalmente da intensidade que você trabalhou. Todas essas seções têm um objetivo a ser atingido. E essa ferramenta nos auxilia muito bem sobre volume e intensidade”, comenta.
O preparador físico abecedista exemplifica o que ocorreu nessa semana. “Por exemplo, nessa semana cheia de trabalho temos de 15 a 20 25km a serem percorridos, com jogos de sábado a sábado. Sem contar a quilometragem do jogo que seria de 8km a 10km a mais. Então, quando atingimos essa quilometragem próxima ao jogo começamos a monitorar, com mais especificidade, para não ultrapassar essa quilometragem, para que o jogador não seja prejudicado na hora da competição, na hora do jogo propriamente dito. Assim monitoramos o treinamento e em uma hora ou outra reduzimos a carga de trabalho para que os jogadores tenham condições de desenvolver bem os 90 ou mais minutos de uma partida de futebol”, revela.
Segundo Rogério Judson, a situação atual do ABC, na tabela de classificação, é um fator a mais de desgaste. “Querendo ou não, pela nossa situação, nós temos que ir em busca do resultado, temos que colocar intensidade, temos que pressionar os adversários, procurar o gol e isso gera um desgaste maior. Temos observado que nossos atletas têm deixado tudo dentro de campo e isso é elogiável”, fala.
Outro fator destacado pelo profissional abecedista foi a questão mental do grupo diante dos desafios. “Não tenha dúvida que isso influencia no desempenho dos atletas, até porque todos os nossos jogos, desde a nossa chegada, tem sido uma final de Copa do Mundo. Querendo, ou não, é uma carga maior que ele leva para dentro de campo, sabendo da necessidade de pontuar. Mas isso tem sido trabalhado internamente”, diz.
Rogério Judson afirma que não falta trabalho no ABC. Ele exalta o comprometimento dos atletas nas sessões de treinos e nos jogos. “Acompanhando nossos jogos não tem como falar que não está tendo rendimento. O que não estamos tendo são todos os resultados que gostaríamos. Ou seja, não tem rendimento sem trabalho”, concluiu.