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ABC vai encarar maratona de cinco partidas em 14 dias

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Especialistas apontam que os esforços de um jogo de futebol exigem idealmente 72h de recuperação física por parte de um atleta. O ABC terá justamente esse tempo nos próximos dias, no entanto, precisará incluir no cronograma cerca de 5.000 km em viagens. O Alvinegro encara uma maratona de jogos importantes entre o dia 18/2 e o dia 4 de março. Serão cinco jogos em 14 dias, o que dá,  em média, uma partida a cada 3 dias. Além disso, o time fará viagens a Salvador, Fortaleza, São Luís e Mossoró, nesse período.
A parte física dos jogadores do ABC será bastante exigida
O primeiro desafio fora de casa será contra o Vitoria/BA, sábado (18), em Salvador. São 1.125 km a serem percorridos. Da capital baiana o ABC segue para Fortaleza (1.188 km), onde encara o Ferroviário. Esses dois compromissos são pelo Campeonato do Nordeste.

Antes de voltar a disputar outro jogo pelo torneio regional, a equipe abecedista segue para Mossoró, onde entra em campo para duelar contra o Potiguar. O jogo foi marcado nesta quarta-feira pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol – FNF para o dia 25/2, no Leonardo Nogueira.Terminado o jogo, a delegação abecedista retorna à Fortaleza e voa para São Luís. No Maranhão a equipe comandada por Fernando Marchiori joga contra o Tuntum pela Copa do Brasil.

Por fim, a “maratona” de 14 dias se encerra no dia 4 de março. O Alvinegro recebe o Atlético da Bahia, no Frasqueirão, voltando a atuar pela competição nordestina de clubes.

Em uma publicação elaborada pela Universidade de São Paulo, o professor Alberto Aguilar Cortez, da Escola de Educação Física e Esporte da USP inclui mais um fator de desgaste para os jogadores. “A estafa pela sequência de jogos é muito grande, e aí, junto a isso tem o lado emocional, o lado psicológico. O jogador não vai bem em uma partida, ele não tem tempo de se recuperar emocionalmente”, analisa.

Nos tempos atuais, um jogador de futebol pode percorrer 14,0 km em uma partida (nos dados apresentados pela Uefa, em jogos da Champions League, não é incomum que esse valor apareça) – o mais comum é que a distância final média percorrida por um jogador em 90 minutos fique entre 8,5 e 12,0 km, dependendo da posição, função, equipe e circunstâncias do jogo.

Estudos mostram que, no futebol europeu, é mais comum distâncias finais mais próximas de 11,0 km. No Brasil, os poucos trabalhos publicados com jogadores profissionais a respeito do tema e os dados monitorados por alguns clubes, mostram mais frequentemente algo por volta de 9,0 km.

Diante dessa realidade, funções como a de preparador físico, médico, fisiologista, psicólogo (se incluído no departamento) e nutricionista ganharam ainda mais importância. Eles também se tornaram gestores de elencos.

Os recursos atuais, até certo ponto, possibilitam que os jogadores atuem em uma sequência de três ou quatro jogos, conforme observa Cruz. Isso dependendo do histórico e das características do atleta. No geral, porém, o procedimento é comum a todas as equipes, com instrumentos mais modernos e precisos na análise das condições físicas de cada atleta.

A cada fim de jogo se inicia um verdadeiro ritual, em que a massagem se mistura com processos de compressão muscular, liberação de toxinas, relaxamento, hidratação e alimentação. Nos minutos seguintes ao apito final, a recuperação já começa para aqueles que não tiveram lesões. O atleta, assim que entra no vestiário, normalmente utiliza a crioterapia (tratamento com baixas temperaturas, em banheiras de gelo), juntamente com ingestão de líquidos, carboidratos e proteínas.

Nas primeiras 24 horas se utiliza a recuperação ativa (bicicleta, por exemplo), liberação miofascial, drenagem com botas pneumáticas, mobilidade, massagem e banheira quente também. Nas 48 horas, ocorre o trabalho de força para membros superiores, buscando anabolizar para otimizar a recuperação. É quando aparecem as dores.

Outro ponto salientado é que existem alguns atletas que têm dificuldade para recuperar o peso após o jogo. Esse tipo de atleta merece atenção especial e, muitas vezes, é aquele que costuma ser poupado nos rodízios nos elencos, que se tornaram comuns no ABC após a chegada de Fernando Marchiori.
América vai estrear contra o Santa Cruz no Barrrettão
A equipe americana segue treinando e planejando o Estadual
O América não estreia no quadrangular final contra o ABC, na Arena das Dunas, como já havia sido divulgado. A Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol publicou, nesta quarta-feira (15) a resolução com a tabela com as datas e confrontos da segunda fase do Campeonato Nota Potiguar 2023. E o Alvirrubro fará seu primeiro jogo no domingo (26) diante do Santa Cruz, no estádio Manoel Barretto – Barrettão, em Ceará Mirim.

Segundo a resolução da FNF, a tabela leva em consideração as datas dos confrontos da Copa do Brasil e Copa do Nordeste envolvendo equipes que estão classificadas para o quadrangular do Estadual. Por isso, as datas podem sofrer alterações, a depender dos jogos de ABC e América nas competições. De acordo com o documento, a fase quadrangular começa no dia 25 de fevereiro e segue até 2 de abril.

Em meio a estas datas, no dia 2 de março, o América enfrentará o Iguatu-CE, fora de casa, pela primeira fase da Copa do Brasil. “No dia 2 de março, a gente enfrenta o Iguatu pela Copa do Brasil. Então, a gente também tem que se preparar bem para esse confronto que é de suma importância para o clube”, comentou o técnico Leandro Sena.

Elenco

A equipe treinou normalmente nesta quarta-feira (15), mas Everton Sena, Norberto, Téssio e Iago ainda não fazem parte do elenco que se prepara para os próximos jogos.

O exame de imagem realizado pelo meia Téssio revelou uma contusão muscular grau 2. Segundo a literatura médica, quando ocorre uma pequena ruptura do músculo.

A dor é mais intensa e o tempo de recuperação também maior, em torno de oito a dez semanas. “Temos que recuperar esse pessoal que está afastado por lesões e trabalhar, seguir confiante que a gente pode realmente fazer um grande quadrangular e chegar às finais – declarou o técnico americano.

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