Os empresários do trade turístico de Natal voltaram a criticar o que chamam de descaso e inércia dos poderes públicos estadual e municipal em relação à atividade que sozinha gera mais de 60 mil empregos, somente na capital, mas que sucumbe às deficiências de infra-estrutura e de ações práticas no combate a problemas crônicos como o turismo sexual e falta de divulgação do Estado em âmbito internacional.
O presidente regional da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH/RN), Kléber Rêgo, endossou ontem a entrevista do empresário Mário Barreto publicada na edição de domingo da TRIBUNA DO NORTE, onde faz sérias críticas a forma como o Governo do Estado trata o Turismo. “Falamos com o prefeito Carlos Eduardo sobre a urgente necessidade de a Prefeitura tomar a frente e coordenar as ações até agora desarticuladas. Afinal, são só 15 quilômetros de praia e está tudo abandonado”, criticou.
Kléber Rêgo destaca que os últimos investimentos feitos na Via Costeira, por exemplo, têm mais de 25 anos. Desde então, reclama que sequer o poder público mantém a estrutura existente. O descaso com um corredor turístico tão importante para o Estado denuncia o tratamento dispensado ao setor nos últimos anos.
Na opinião do presidente da ABIH/RN, ou o Governo do Estado e a Prefeitura saem do discurso e entram nas ações práticas, em especial quanto ao sexo-turismo, ou Natal terá o mesmo destino que Recife e Fortaleza. “A capital cearense perdeu uma série de vôos charters em função deste problema”, afirmou. Ele denunciou que o problema chegou ao ponto de o turismo sexual, inclusive envolvendo crianças e adolescentes, estar migrando para a orla das praias dos Artistas e do Meio.
