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Abimaq pede menos impostos

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Brasília – O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas  e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, disse ter alertado  o ministro  da Fazenda, Guido Mantega, para o risco de uma crise na indústria e na agricultura  em um prazo de seis meses. A Abimaq apresentou ao ministro uma lista de pedidos  para o setor, entre eles a redução a zero do Imposto de Importação sobre os  aços longos utilizados pela indústria de máquinas. O governo já havia reduzido  o imposto para os tipos de aço usados pela indústria automobilística. “Estamos vendo uma tempestade daqui a seis meses”, disse o presidente da Abimaq.  Segundo ele, que se reuniu por uma hora com o ministro, se não houver medidas  compensatórias para o declínio dos investimentos do setor produtivo, certamente  esse cenário se concretizará. Mello argumentou com Mantega que o segmento tem  como “antever” esses sinais com mais clareza. Na semana passada, Mantega previu  um crescimento de 6% da indústria este ano. “Sem essas medidas, essa meta não  será alcançada”, disse.

A Abimaq apresentou ao ministro dados que, segundo Mello, mostram que, no  primeiro bimestre, o faturamento das empresas de máquinas e equipamentos caiu  8,9% em relação a igual período do ano passado. O consumo de máquinas no País  – que representa a produção nacional mais o total de importações e menos as  exportações – caiu 3% no primeiro bimestre. “Esse dois números já acendem a  luz amarela”, alertou.

Segundo Mello, a redução da tarifa de importação para aços longos é uma medida  necessária para enfrentar o aumento “exorbitante” dos preços das siderúrgicas  nacionais. Ele também pediu a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI) sobre válvulas e bombas, hoje em 18%. Segundo ele, os bens de capital  já tiveram alíquota zerada, mas as bombas e válvulas ficaram de fora. “Não se  trata de isentar pequenas válvulas e bombas, mas grandes equipamentos que são  bens de capital, componentes importantes de unidades produtivas”, ponderou.

A terceira medida solicitada foi a interferência do ministério no Conselho  Nacional de Política Fazendária para que haja um equacionamento do problema  dos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) originários  da Lei Kandir às empresas exportadoras. “ É preciso que a Fazenda use a sua  influência, junto aos Estados, para equacionar o problema”, afirmou. O setor também pediu a volta do regime de drawback interno para máquinas e  equipamentos de grandes instalações que tenham sido objeto de concorrências  internacionais públicas.

No sistema de drawback normal, os componentes importados  utilizados na fabricação de produtos que serão exportados ficam livres de impostos.  O drawback interno foi cancelado há seis meses pela Receita Federal, sob o argumento  de que o drawback não era para exportação. Mas, para Mello, o drawback interno  é importante para que as empresas possam participar de concorrências públicas  internacionais e competir em condições de igualdade.

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