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Acidentes de motocicleta aumentam a demanda

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Os acidentes de trânsito, em especial os de motocicleta, vêm sendo responsáveis pela maior parte do aumento da demanda no setor de traumatologia e ortopedia no Rio Grande do Norte, de acordo com o representante regional da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o médico Bruno Muniz. Para ele, a rede, nos últimos anos, não vem sendo capaz de acompanhar o grande número de acidentes.

 

Rene Cruz, de 33 anos, sofreu acidente de moto à caminho da empresa onde iria começar a trabalhar. Há sete dias aguarda cirurgia
Rene Cruz, de 33 anos, sofreu acidente de moto à caminho da empresa onde iria começar a trabalhar. Há sete dias aguarda cirurgia

#SAIBAMAIS#Apenas o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) já registrou, esse ano, 1.228 acidentes de trânsito nas rodovias estaduais do Rio Grande do Norte. “Esse número vem crescendo ano a ano, e a rede não consegue acompanhar. Isso não é uma particularidade do Rio Grande do Norte, se fomos em outros Estados do Brasil, a situação é muito parecida”, afirma Bruno. De acordo com ele, nos últimos anos, a rede privada vem passando por uma reestruturação a fim de atender com mais agilidade os casos de cirurgias de trauma.

Atualmente, a média de espera na rede privada para a realização desse tipo de cirurgia é de um dia, a partir do momento que ela é autorizada pelo plano. “A maior demora que costuma existir é graças a burocracia de alguns planos de saúde na hora de autorizar as cirurgias. Mas, uma vez autorizada, ela costuma ser feita 24 horas”, explica Bruno.

O Rio Grande do Norte não possui, de acordo com ele, nenhum centro certificado de trauma, tanto na rede pública como na rede privada, “O ideal é que existisse um centro, tanto na rede pública como privada, onde o paciente pudesse ser atendido do começo ao fim – cirurgia, fisioterapia, tudo no mesmo ambiente -. Aqui ainda não existe isso”, relata. Atualmente, apenas no Hospital Rio Grande, que é da rede privada de Natal, está sendo estruturado um centro de atenção de trauma completo nesses moldes.

No SUS, a Sesap afirma que, há alguns meses, deu início a uma reestruturação da rede de ortopedia, para pacientes de pós-trauma. A ideia é que o paciente receba a primeira atenção e os hospitais realizem o atendimento mais especializado, incluindo a fratura de colo de fêmur proximal, que acomete muitos idosos. O Hospital Deoclécio Marques, de Parnamirim, estaria habilitado para realizar esse tipo de procedimento.

Já o Walfredo Gurgel passa a fazer o tratamento integral do paciente politraumatizado, que antes aguardava para realizar os procedimentos na rede contratualizada de Natal. O mesmo deve acontecer no Hospital Tarcísio Maia e no Hospital de Caicó, que aguarda o recebimento de um arco cirúrgico, já licitado e pago, de acordo com  Secretaria.

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