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Acidentes nas estradas custam R$ 22 bi ao ano

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VIOLÊNCIA - Colisões e capotamentos são responsáveis por quase 40% das mortes nas BRs São Paulo (AE) – Os acidentes de trânsito custam anualmente ao Brasil cerca de R$ 22 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), revela estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o levantamento, os valores referem-se à perda de produção, associada à morte das pessoas ou interrupção de suas atividades, seguido dos custos de cuidados em saúde e os associados aos veículos.  

Para o presidente do Ipea, Luiz Henrique Soares, é “revoltante” esse gasto com acidentes nas rodovias brasileiras. “Além da perda de vidas existem as seqüelas dos feridos e o custo do afastamento da atividade produtiva.” Ele citou também o custo do dinheiro público, que poderia ajudar a resolver boa parte do desenvolvimento do País com a aplicação em obras de infra-estrutura.

Do total, cerca de R$ 6,5 bilhões referem-se aos acidentes ocorridos em rodovias federais; R$ 14,1 bilhões aos registrados nas estaduais; e R$ 1,4 bilhão nas municipais. A pesquisa constata ainda que são gastos, em média, R$ 1.040 com cada pessoa que sai ilesa de um acidente, R$ 36.305 com cada ferido e R$ 270.165 com cada morto.

De acordo com o levantamento, nas rodovias federais os atropelamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade por acidente. Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram as estatísticas, com 54% das mortes de pedestres, sendo que 12 rodovias federais concentram 75,3% destas ocorrências. As líderes são, respectivamente, BR-116, BR-101 e BR-040, que respondem por 50% das mortes.

O estudo, elaborado com dados referentes ao biênio 2004/2005, foi realizado pelo Ipea, em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Os dados fazem parte da pesquisa Custos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Estradas Brasileiras.

Apesar de representarem apenas 4% dos acidentes nas rodovias federais, as colisões frontais as mais letais. Elas são responsáveis por 33,23% das mortes; os atropelamentos por 29,28% e os capotamentos 6,11%. O acidente mais comum nas BRs são as colisões traseiras, nas áreas urbanas cortadas pelas rodovias.

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