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Acordo com a Argentina será fechado

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São Paulo – As negociações para renovar o acordo automotivo entre Brasil e Argentina avançam e a Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, acredita que será possível fechar um novo texto neste mês, fim do prazo para a renovação do acordo.

“Nós ainda temos desafios, não dá para dizer que fechou, mas em mais alguns dias fecha”, disse o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb. Na semana passada, Golfarb foi à Argentina negociar o acordo. Nesta semana, deve haver outra rodada de conversas.

Há 15 dias, durante apresentação mensal dos números da entidade à imprensa, ele dizia ter receio de que o acordo voltasse a ser prorrogado, devido sobretudo à falta de tempo. O acordo atual vence em 30 de junho. O texto em vigor já foi prorrogado duas vezes, a última delas no final de fevereiro. A versão contém medidas provisórias que regulam o mercado, mantendo regras de comércio que haviam sido acertadas para 2005.

O documento inclui o chamado “flex” —coeficiente de desvio das exportações, que deve permanecer com o índice de 2,6. Isso significa que, para cada 100 dólares exportados pelo Brasil, o país poderá importar 260 dólares sem tarifas. No entanto, segundo Golfarb, o índice que vem sendo praticado é de 2,2.

Para o presidente da Anfavea, a prática mostra que há flexibilidade e que, do lado argentino, há sensibilidade quanto à questão do câmbio e à noção de que os investimentos vêm com o crescimento dos dois mercados, não com a restrição às importações.

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