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Acordo político evita abismo fiscal

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Nova York (AE) – A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos aprovou ontem, o acordo para evitar o abismo fiscal que havia passado pelo Senado na noite de Ano Novo. Na Câmara, o placar foi de 252 votos para aprovar o acordo e 167 contrários. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a aprovação do acordo corrige distorções tributárias que prejudicavam a classe média americana. O acordo aumenta os impostos para pessoas que ganham mais de US$ 400 mil por ano. “Graças aos democratas e republicanos no Congresso eu vou assinar uma lei que aumenta os impostos dos mais ricos, enquanto evita que as taxas subam para a classe média, o que poderia colocar a economia do país em recessão e, obviamente, ter um grande impacto nas famílias norte-americanas”, disse Obama em pronunciamento, informou o The Wall Street Journal.
Barack Obama comemora decisão e lembra que medida corrige distorções tributárias que prejudicariam a classe média americana
Com a aprovação no Congresso, o acordo vai agora para a Casa Branca, para sanção de Obama. Logo após a aprovação na Câmara, o presidente americano fez um rápido pronunciamento à imprensa pela madrugada, afirmando que o acordo foi apenas mais um passo, o déficit público americano ainda é muito alto e que ele está aberto para buscar formas de reduzir a dívida.

Na Câmara, a terça-feira foi marcada por reuniões a portas fechadas, primeiro dos democratas, depois dos republicanos. Até entre os próprios colegas de partido parecia haver divergências intransponíveis. No final, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, votou a favor do acordo, mas o líder republicano na casa, Eric Cantor, votou contra.

Inicialmente os republicanos queriam fazer emendas ao projeto aprovado no Senado na madrugada de terça-feira, 1º, pedindo mais corte de gastos públicos. Mas o senador democrata Harry Reid, líder no Senado, declarou que um novo plano com emendas não seria votado e pediu para seus colegas de senado irem embora para casa. Em seguida, a líder da minoria democrata na Câmara, Nancy Pelosi, fez um apelo para que o acordo fosse aprovado sem emendas. “O povo americano merece isso”, declarou a jornalistas.

No acordo aprovado pelo Congresso, americanos que ganham mais de US$ 400 mil por ano (ou US$ 450 mil se for um casal) pagarão mais imposto de renda (a taxa subiu de 35% para 39,6%) a partir desta quarta-feira, 02. Além disso, o corte de gastos de programas do governo americano foi postergado por dois meses. Esses cortes equivalem a US$ 1,2 trilhão em dez anos. Benefícios a desempregados foram mantidos por mais um ano. O acordo não menciona a elevação do teto da dívida pública americana, que chegou ao limite em 31 de dezembro, ao atingir US$ 16,3 trilhões, e precisa ser aumentado. Se o acordo não fosse aprovado, entrariam em vigor cortes no orçamento e aumentos de impostos no valor de US$ 600 bilhões, o que, afirmam economistas, poderia levar os EUA de volta à recessão.

Bolsas fecham em forte alta após acordo nos EUA

Nova York (AE) – As bolsas de Nova York fecharam em forte alta ontem, após o Congresso dos Estados Unidos aprovar um acordo para evitar uma série de aumento de impostos e cortes de gastos prevista para entrar em vigor no primeiro dia de 2013, o chamado “abismo fiscal”. O índice Dow Jones fechou com avanço de 308,41 pontos (2,35%), em 13.412,55 pontos, na maior alta em um dia em mais de um ano. Em dia 31 de dezembro de 2012, o Dow Jones também havia registrado forte alta, de 166 pontos (1,3%). O Nasdaq fechou com ganho de 92,75 pontos (3,07%), em 3.112,26 pontos. O S&P500 fechou em alta de 36,23 pontos (2,54%), em 1 462,42 pontos.

A Bovespa também encerrou com alta a primeira sessão do ano, após o acordo nos EUA para evitar o abismo fiscal e indicadores industriais bons Na China, Estados Unidos e em países da Europa.  O  Ibovespa fechou em alta de 2,62%, aos 62.550,10 pontos, depois de atingir máxima de 62.887 pontos (+3,17%). O volume financeiro ficou em R$ 7,32 bilhões.

De acordo com Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW Corretora, o acordo de ajuste fiscal nos EUA e os indicadores industriais positivos animaram os mercados e isso se refletiu diretamente numa alta generalizada das commodities. “Por isso nossa bolsa está com alta tão forte”, disse. “Além disso, o mercado aqui está um pouco descolado, atrasado em relação a outras bolsas, e isso pode atrair estrangeiros. Em comparação com a bolsa dos EUA, a Bovespa foi um pouco melhor no ano passado, mas em relação a outros mercados, o desempenho foi muito ruim.”

Com a alta das commodities, as duas empresas de maior peso no Ibovespa subiram com força. Vale PNA avançou 4,23%, enquanto a ON teve elevação de 4,30%. Petrobras ON, a preferida dos investidores estrangeiros, fechou com ganho de 1,48% e a PN, de 0,87%.

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