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Acreditando na Economia

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A notícia da volta do crescimento da economia, após dois anos emperrada na recessão que coroou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, passa das manchetes para à análise das colunas especializadas e também dos editoriais dos principais jornais do país. Há uma janela aberta para a esperança, mesmo sabendo-se que o caminho continua pedregoso e a jornada vai exigir tempo, o andar é lento. O importante é que a porteira, enfim, foi aberta. Para se entender melhor essa história, vejamos o que Miriam Leitão, de nossas mais competentes analistas econômicas, escreve em seu artigo de ontem, em o Globo, com o título “Caminho de volta”. Transcrevo alguns trechos, começando pelo começo:

– O país começa, enfim, a sair do buraco no qual despencou em 2014, mas essa caminhada será com números positivos e negativos se alternando, e muita lenta. O PIB ficará um pouco abaixo da ala de 1,12% do índice de atividade que o Banco Central divulgou ontem (segunda-feira), mas a taxa será positiva. O desemprego permanecerá alto e mesmo quando cair não voltará rapidamente ao patamar de antes da crise.

 – Esta é uma crise complexa e profunda. Ela mistura vários ingredientes que complicam o quadro, como a turbulência política, a investigação da Lava-Jato e a profundidade dos problemas fiscais. Mesmo assim, começam a aparecer sinais de mudança de ciclo. O IBC-Br de ontem teve a primeira alta depois de oito trimestres de encolhimentos.

– Quem puxou o PIB foi a agropecuária. Mas há outros dados positivos: a inflação despencou e ontem o mercado começou a prever que o índice pode ficar abaixo e 4% no ano. Os juros caíram três pontos percentuais e, com inflação tão baixa, podem cair muito mais nas próximas reuniões.

– Uma das razões da queda da inflação é a recessão, mas ela não explica tudo. Há maior confiança no Banco Central. O principal fator, contudo, foi no excelente desempenho da agricultura. Derrubou os preços dos alimentos, e também é o que está puxando o PIB. Os dados divulgados na semana passada pelo IBGE mostram que a produção de grãos está aumentando 26% este ao em comparação com o ano passado.

Saindo do atoleiro

Este é o título de um dos editoriais do jornal O Estado de S. Paulo, de ontem, que vai dizendo na sua abertura:
– A economia saiu da mais longa e mais funda recessão já registrada pelas contas nacionais, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado ontem (segunda-feira). A boa novidade só será confirmada, se for, no começo de junho, quando as contas nacionais, como o Produto Interno Bruto (PIB) do período, forem publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

–  Até lá, os analistas, operadores de mercado e empresários terão de se arrumar com aquele indicador provisório, considerado uma prévia do PIB. Pouco se pode esperar, por enquanto, além da mera confirmação do fim da fase recessiva, depois de oito trimestre3s de negócios em retração e desemprego em alta. Pelos números parciais disponíveis até agora, nem mesmo se pode apostar num segundo trimestre com o mesmo ritmo de recuperação observada entre janeiro e março.

– Sair do atoleiro e ter como próximo objetivo a aceleração do avanço já terá sido, sem dúvida, um avanço importante. Mas será necessário um enorme esforço para ganhar dinamismo.

Sem chuva
Folheando o boletim da Emparn não se tem notícia de nenhuma chuva no Rio Grande do Norte de segunda-feira para o amanhecer de ontem. De domingo (pode ter sido no sábado) para a segunda, registrou-se apenas uma chuva, 17 milímetros, em Felipe Guerra, região Oeste.

O sumiço das chuvas, principalmente no Agreste e no Litoral, no mês de maio, quando elas deveriam ser fartas, causa muita preocupação. 

Na Paraíba há três dias também não chove. O boletim da Aesa estava zerado ontem. No Ceará, onde choveu bem até abril, aparece agora em maio sem maiores alegrias. O boletim da Funceme registrou ontem duas chuvas apenas. A melhorzinha, de 9 milímetros, no município de Lavras da Mangabeira, região do Cariri.

Na UFRN A UFRN se prepara para comemorar os 60 anos de sua fundação. A reitora Ângela Maria Paiva Cruz criou uma comissão para cuidar das celebrações, que será presidida pelo professor e escritor Tarcísio Gurgel. A comissão é integrada por 21 servidores (professores e funcionários) da UFRN.  O ex-reitor Geraldo Queiroz também faz parte do grupo.

A UFRN foi criada em 25 de junho de 1958 e instalada em 21 de março de 1959 e federalizada em 18 de dezembro de 1960.

Renard Perez
Deu na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo de ontem:
– A biblioteca que pertenceu ao escritor potiguar Renard Perez (1928-2015), filho de um imigrante galego, acaba de ser adquirida pelo sebo Beta Aquarius, no Catete, Rio. São centenas de livros de escritores brasileiros publicados entre os anos 1950 e 1980. Muitos autografados.”

Renard Perez nasceu em Macaíba em 3 de junho de 1928. Ainda menino mudou-se para Fortaleza e aos 15 anos chegava ao Rio de Janeiro onde faria carreira jornalística e literária. Seu primeiro livro, O Beco (novela) foi publicado em 1952. Ao todo são 13 livros (romance, novela, contos, ensaios literários, memórias). Sua casa em Macaíba, passando pela Aliança, ainda está de pé. Morando no Rio veio várias por estas bandas do Jundiaí/Potengi.  Merecia ser mais lido e estudado pelos conterrâneos.

O seu Chão Galego, é uma viagem deliciosa pela Galícia, na Espanha, terra do seu pai. Em seu livro de contos Creusa, Creusa (Rio, 1998), com orelha de Fausto Cunha, tem um conto, muito especial, “Passeio a Tibau”, que começa em Natal, passa por Mossoró, Areia Branca e Tibau. Fortaleza, também. Gosto muito deste conto. Renard, irmão do artista plástico Rossini Perez, é detentor de vários prêmios literários. Viveu 87 anos.

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