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Açude Guarita está fora de perigo

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As obras de recuperação do açude Guarita, no município de Tangará, ainda devem se estender por um período de 10 dias. A informação foi confirmada ontem pelo prefeito da cidade, Jorge Eduardo Bezerra. Com a estrutura comprometida desde as chuvas do último dia 24 de janeiro, o açude por pouco não rompeu, colocando em risco a vida de moradores de cinco cidades na região do Trairi. Iniciado no domingo passado (30), o serviço de reparo no local está sendo realizado por equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Batalhão de Engenharia do Exército de Caicó.

“Inicialmente, os trabalhos se concentraram no alargamento do sangradouro e agora, as equipes estão empenhadas em reconstruir a parede do açude”, disse o prefeito, acrescentando que atualmente sete máquinas atuam na área diariamente e que os trabalhos se estendem das 7h até as 17h.

De acordo com Jorge Eduardo, o risco atual de ruptura do açude Guarita é “muito pequeno”. Ele confirma que, mesmo estando com 80% da capacidade total (5 milhões de metros cúbicos de água), o reservatório não representa risco imediato à população ribeirinha. “Esta reconstrução emergencial vai permitir que não ocorra nenhuma tragédia, entretanto, um estudo mais preciso ainda será elaborado para que a situação do açude se resolva definitivamente”, afirmou.

A diminuição das chuvas no Rio Grande do Norte, depois do início das obras de recuperação do açude, estão contribuindo para o bom andamento dos trabalhos, e a previsão, de acordo com a Emparn, é de que o céu continue aberto pelo menos até o início da próxima semana. O clima no Nordeste, inclusive, será ponto de discussão entre meteorologistas de todo país.

Entre os dias 17 e 18 deste mês ocorre em Natal a 3ª Reunião de Análises Climáticas para a Região Semi-Árido do Nordeste. O objetivo é fazer um a análise das condições do clima como um todo, mas com o foco principal na incidência de chuvas para o período entre março e maio no sertão nordestino. “Essa é a última reunião que vai discutir especificamente sobre o semi-árido, depois ocorrerão avaliações de outras áreas do Nordeste”, explicou o coordenador de meteorologia da Emparn, Gilmar Bistrot.

Além do encontro no Rio Grande do Norte, onde será feito um boletim sobre o estudo no Nordeste, ocorrerão reuniões semelhantes em outros estados para fazer o estudo sobre o clima nas demais regiões do país.

Por enquanto, as condições são favoráveis a um inverno normal, com grandes possibilidade de ficar acima do normal tanto no sertão como na faixa litorânea. Isso porque a Zona de Convergência Intertropical, conglomerado de nuvens que se desloca do Hemisfério Norte para o Sul, geralmente a partir de março, já está atuando. “As chuvas no interior estão sendo provocadas por ela”, explicou Bristot. O meteorologista previu chuvas de maior intensidade a partir de domingo.

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