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Acusado de estupro é absolvido por falta de provas

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Após 80 dias de prisão, no Centro de Detenção Provisória da Ribeira (CDP) o homem (que terá a identidade preservada) e que havia sido denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável, na creche Lar Feliz, em Cidade Satélite, ganhou a liberdade na segunda-feira (27) à noite. O alvará de soltura  foi assinado pelo juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude Sérgio Roberto Nascimento Maia. De acordo com Juscelino Fernandes de Castro, advogado de defesa do suspeito, o juiz entendeu que não havia provas para mantê-lo preso. “Ele foi absolvido por falta de provas. Entendo que o caso está encerrado. A prestação jurisdicional foi cumprida. O promotor pediu absolvição, a defesa também e o juiz concedeu”, informou Juscelino.

Após quase três meses na prisão, o homem que sempre jurou inocência está dez quilos mais magro e traumatizado por ter passado tanto tempo atrás das grades. “Quando soube, por meio, do advogado que  estava livre fiquei muito feliz. Sempre acreditei em Deus, mas não tenho  conseguido dormir. Deitei por volta da uma hora da manhã e às 5 horas da madrugada estava em pé. Não havia ainda escutado os agentes passarem para fazer a revista nas celas”, contou emocionado.

O homem que é evangélico e que sempre acreditou que, apesar das denúncias, tudo acabaria bem disse que antes de sair definitivamente do CDP se despediu de todos os amigos que fez no Centro de Detenção. “Agradeci aos agentes, os presos  de cela, todos. Ninguém me fez mal lá dentro”.

Após ter saído da prisão pode “matar a vontade” de um bom jantar. “Juscelino me levou para uma churrascaria e pude me alimentar bem. Em seguida, quando cheguei na creche tinham preparado uma festa surpresa para mim. Com faixas de boas vindas, com minha família, com meus amigos, com a vizinhança. Foi emocionante”.

O advogado informou que vai entrar na justiça contra o Estado e que vai pedir uma indenização de um milhão de reais por danos morais. “Meu cliente foi preso com base no depoimento de um menino de dez anos. Sem prova alguma. Sem fundamento nenhum”.

Todos os laudos de conjunção carnal realizados nas supostas vítimas do Lar Feliz e emitido pelo  Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) deram negativo. 

Memória

No dia 8 de julho passado, uma coletiva foi realizada pelos juizes: Sérgio Maia e José Dantas, pela promotora Armeli Brennand e pela delegada Adriana Shirley onde foi revelado à imprensa que duas pessoas que trabalhavam no Lar Feliz estavam envolvidas com atos libidinosos e que um deles era suspeito de ter violentado sexualmente dez crianças que moravam na instituição. O sogro (55 anos) e o genro (34 anos) foram presos. Cerca de 30 dias depois, o homem de 55 anos foi solto, mas o outro continuou detido. A denúncia teria chegado ao MP depois de uma arquiteta ter adotado um menino de 10 anos na creche. O garotinho havia tentado fazer sexo com uma criança no condomínio onde ele morava com a mãe adotiva. Após saber o que o menino fez, a mulher questionou a criança que contou que era violentado na creche Lar Feliz.      

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