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Advogado vai pedir habeas corpus

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São Paulo e Curitiba – O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contratou o advogado Marlus Arns, que atuou em acordos de delação premiada de empresários alvo da Operação Lava Jato. O peemedebista está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde a noite de quarta-feira. Ao deixar a sede da Federal na capital paranaense, após visitar o deputado cassado, o criminalista afirmou que um acordo de delação premiada “não foi tema de conversa”.

O advogado costurou acordos de colaboração premiada dos executivos Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos, da Camargo Corrêa, e do empresário João Bernardi Filho. Marlus também fez a defesa técnica de Ivan Vernon, ex-assessor parlamentar do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), de Valério Neves, ligado ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF), e de João Cláudio Genu, ex-assessor do PP.

O advogado vai entrar com habeas corpus em favor de Cunha no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) – todos os recursos e outras medidas contra atos do juiz federal Sérgio Moro são submetidos ao TRF4.

O escritório de Marlus é uma das três bancas que atuam na defesa do ex-presidente da Câmara, réu na Lava Jato em duas ações penais. Em uma delas, Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões de propina relativa a contratos de navios-sonda da Petrobrás. Na segunda, o peemedebista responde pela suposta manutenção de contas secretas no exterior abastecidas com dinheiro do esquema de corrupção e desvios na estatal.

Marlus faz a defesa técnica de Cláudia Cruz, mulher de Cunha. A jornalista, ré na Lava Jato, também é representada pelo criminalista Pierpaolo Bottini. A mulher do peemedebista é acusada de lavagem de dinheiro. Segundo denúncia do Ministério Público, ela teria evadido cerca de US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior abastecidas pelo marido com dinheiro desviado da Petrobrás.

Cunha foi preso na quarta-feira por ordem de Moro, que acolheu argumento da força-tarefa da Procuradoria da República de que, em liberdade, o deputado cassado representa “risco à instrução do processo e à ordem pública”. O peemedebista vinha se dedicando ao livro que pretende publicar sobre os bastidores do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.

O ex-parlamentar também tinha, conforme aliados, um “levantamento” de políticos que ele teria ajudado nos últimos anos. Cunha chegou, segundo essas mesmas fontes, a separar documentos para, eventualmente, apresentar a investigadores, alguns deles sobre o relacionamento de colegas de Congresso com a Odebrecht, cujos executivos negociam delação premiada na Lava Jato.

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