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Aeroporto de Congonhas vira disputa judicial

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OBRAS - Pista principal deve ser reformada o mais rápido possível

São Paulo – O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) vai  recorrer da decisão que proíbe a aterrissagem de aeronaves Fokker 100 e Boeings  737-700 e 737-800 na pista principal do aeroporto de Congonhas, na Capital,  a partir da zero hora de amanhã(8). Para o MPF, não é necessário proibir  a aterrissagem dessas aeronaves.

O ideal seria interditar a pista principal  de Congonhas para imediata reforma e utilizar apenas a pista auxiliar para os  pousos. “Essa é a única garantia para a segurança de passageiros, tripulantes  e moradores da região”, destacam os procuradores da Ação Civil Pública na qual  foi pedida a interdição da pista principal.

Para o MPF, a reforma da pista principal, com o reagendamento dos vôos para  os aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas), ainda é a melhor  solução para os problemas enfrentados ultimamente pelos usuários de Congonhas,  sobretudo com o constante adiamento de vôos em dias de fortes chuvas. Os procuradores  avaliam que a reforma deve começar pela pista principal, o mais rapidamente  possível, e não apenas depois do Carnaval, como foi anunciado pela Infraero.  No recurso, o MPF insistirá também na proibição das operações do aeroporto de  Congonhas após as 23h.

Segundo o procurador da República Marcio Schusterschitz, um dos autores da  Ação Civil Pública, “a decisão atual de se interditar a pista em caso de chuvas  sujeita a aviação civil do País às incertas condições do clima de São Paulo,  causando atrasos em cascata e incertezas aos usuários quanto ao cumprimento  dos horários pelas empresas”.   Outra autora da ação, a procuradora da República Fernanda Taubemblatt, questiona:  “O que é melhor? Descer em Congonhas sem saber a hora, ou descer em Cumbica  com horário pré-programado?”  

O MPF lembra que a decisão do juiz Ronald de Carvalho Filho, que proibiu as  aterrissagens desses vôos em Congonhas, não atinge, por exemplo, o Boeing 737-300.  “Este aparelho derrapou no último dia 6 de outubro de 2006, um dos quatro incidentes  ocorridos nos últimos 11 meses”, reiteram os procuradores.

Eles destacam, ainda,  que deixar a segurança do aeroporto para o controle (caso a caso) das condições  de chuva, aumenta os riscos de falha humana ou técnica, em um momento de pressão  sobre o sistema de aviação civil no País. Em 28 de dezembro passado foi determinado que a pista do aeroporto de Congonhas  deverá ser interditada em condições de chuva.

A decisão do momento da interdição  é feita pelo Serviço Regional de Proteção ao Vôo (SRPV-SP). Porém,os procuradores  reiteram que, mesmo após a adoção dessa medida, uma derrapagem aconteceu no  último dia 17 de janeiro, após o piloto de um Boeing da Varig realizar uma freada  busca para evitar um alagamento no meio da pista principal de Congonhas.

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