A Associação dos Lojistas do Aeroporto Augusto Severo não recebeu nenhum comunicado oficial quanto à desativação do aeroporto por parte da Infraero, mas alguns lojistas já fecharam os estabelecimentos no terminal. Dos 80 quiosques destinados a varejo, serviços e alimentação dentro do terminal de passageiros, 18 já foram esvaziados.
O presidente da associação criticou a Infraero e afirmou que vai acionar a Justiça. “Há mais de um mês mandamos carta para Infraero e o silêncio é a resposta. Isso é um absurdo. Vamos atrás de medidas judiciais contra o órgão”, disse Pio Morquecho.
#SAIBAMAIS#Através da reportagem, o presidente tomou conhecimento sobre a transformação do Augusto Severo em área militar. “Não estamos sabendo de nada. Não há nenhum comunicação com os lojistas. Estamos preocupados”, acrescentou. Segundo Morquecho, aproximadamente 40 lojistas e dois mil funcionários trabalham no aeroporto.
O presidente lembrou ainda que, recentemente, a Infraero investiu cerca de R$ 16 milhões na reforma do Augusto Severo. Ele fez cobranças aos órgãos de fiscalização: “Como podem investir tanto para desativar logo em seguida? Os tribunais de conta e Ministério Público precisam agir”, colocou Morquecho.
O futuro incerto também preocupa os taxistas locados no aeroporto. Com a desativação do terminal, os operadores retornariam ao trabalho comum, dentro da cidade de Parnamirim. Eles querem ser relocados para o Aeroporto Gov. Aluízio Alves.
Inicialmente, pelo regime autorizativo da lei 868 de 1996, ficaram definidos 35 táxis no terminal, podendo estar sujeito a alteração se aumentasse o número de 250 viagens. Acontecido isto, foram sorteados dentre os 283 mais 39 taxistas para operarem como especiais.
Os 74 carros se dividem em duas cooperativas, a Coopetaxi e a Aerocoptaxi, sendo esta primeira a pioneira no serviço do aeroporto. Para servir no local existem critérios. O carro deve ter até dois anos de uso, e porte viável para o transporte de malas, além de ser envelopado no padrão da cooperativa.
Hoje, em Parnamirim, existem 283 autorizações e desde a criação da lei que rege o serviço de passageiros de táxi, em 1998, não foram autorizadas nas concessões.