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Aeroporto terá voos em abril de 2014

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Andrielle Mendes – repórter

*COLABOROU RENATA MOURA

O consórcio Inframérica, responsável pela construção e administração do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, vai antecipar em dois meses a conclusão da obra. A expectativa é concluir as instalações físicas dos terminais de passageiros e de carga em dezembro deste ano e iniciar a operação comercial em 1º de abril de 2014. A data foi definida em reunião realizada pelo consórcio no dia 11. Antes, a previsão era que a operação começasse em junho de 2014, mês de início da Copa do Mundo no Brasil.
Obra do terminal de passageiros do Aeroporto de São Gonçalo: mais de mil homens trabalham na construção. O terminal de cargas ficará pronto simultaneamente
Com a antecipação, o consórcio quer ganhar tempo para realizar possíveis ajustes e evitar problemas de operação durante o Mundial de Futebol. 

O superintendente do aeroporto, Ibernon Martins, recebeu a imprensa ontem no canteiro de obras e explicou que a construção segue dentro do ritmo. Ele descartou a possibilidade de outros terminais no RN, como o Augusto Severo, operarem voos comerciais durante a Copa. “A porta de entrada para os turistas será o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Se soubéssemos que o Augusto Severo também operaria voos comerciais, durante o Mundial, não estaríamos nesse desespero (para dar velocidade à construção) “, disse.

A possibilidade dos voos serem captados por mais de um terminal foi levantada pela Secretaria de Aviação Civil meses atrás. Procurada pela reportagem, a Infraero voltou a afirmar que o Augusto Severo deixará de operar voos comerciais tão logo o aeroporto de São Gonçalo seja concluído. “É isso o que diz nosso contrato”, ressaltou Ibernon.

Para garantir a conclusão dentro do novo prazo, o consórcio reforçou a equipe. O número de trabalhadores, que atuam em fases diferentes da construção, aumentou em 57,1% com relação ao registrado em fevereiro deste ano. Hoje, são 1,1 mil – número que pode chegar a 1,2 mil ainda este ano. A fundação dos terminais, central de utilidades e torre de controle, já foram concluídas. As instalações elétrica, hidráulica e mecânica têm início previsto para o início de 2014.  Os trabalhos chegaram a ser interrompidos por cinco dias, na semana passada, devido a uma greve dos funcionários. Mas o atraso, segundo Ibernon, já foi compensado.

Os acessos ao aeroporto – de responsabilidade do governo do estado – serão concluídos até maio – um mês depois da inauguração do aeroporto, segundo o secretário para Assuntos Relativos à Copa do Mundo 2014, Demétrio Torres. A obra já foi iniciada, segundo o secretário. O descompasso entre o ritmo de construção dos terminais e dos acessos parece não preocupar Ibernon. Os turistas, segundo ele, podem entrar e sair do aeroporto mesmo sem os acessos concluídos até lá. Procurada ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não confirmou até o fechamento da edição as datas de encerramento das operações do Augusto Severo e de início do funcionamento em São Gonçalo.

Desapropriações não preocupam

Para o Inframérica, uma pendência envolvendo o pagamento de indenizações pela desapropriação da área onde o aeroporto está sendo erguido não é empecilho às obras. “A indenização está nas mãos do governo do estado”, justificou Ibernon Martins.

Segundo o procurador-geral do Estado, Miguel Josino, o governo pretende pagar aos ex-proprietários da área o valor determinado pela Justiça. O pagamento foi recomendando pela Procuradoria ainda em 2011, mas o governo não teria repassado o valor por enfrentar dificuldades financeiras.

Pagamento

“O processo (que envolve as desapropriações e tramitava no Tribunal de Justiça do RN) já acabou. Já foi até o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Está encerrado. O que falta é pagar. O governo tem que pagar e vai pagar”, garantiu Josino, sem fixar data para o pagamento.

Os ex-proprietários de 50% da área, clientes do escritório de advocacia Diógenes da Cunha Lima, alegam que o governo não tem interesse em cumprir a determinação e ameaçam procurar a Justiça novamente.

O escritório, afirma Igor Steinbach, advogado de alguns dos ex-proprietários, pretende ingressar também com uma ‘ação popular’ esta semana junto a Justiça Federal do Rio Grande do Norte contra o consórcio, a Anac e o governo federal para tentar suspender as obras. Para Miguel Josino, procurador geral do Estado, não há riscos das obras serem suspensas.

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