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Africanos são presos com cocaína nos intestinos

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DROGA - Cápsulas de cocaína estavam no estômago dos africanosA Polícia Federal prendeu no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, dois africanos que tentavam embarcar para a Europa com 146 cápsulas de cocaína no estômago. As prisőes aconteceram em operaçőes distintas de fiscalizaçăo entre a madrugada de sábado e a noite de domingo. Abdulamir Salen Yusuph, da Tanzânia, estava com 86 cápsulas com cerca de 1,5 quilo de cocaína. O também africano Mussa Ahmed Abubakan, da Somália, engoliu 60 cápsulas, mas ele só expeliu até a manhă de ontem 41. Ele ainda está internado num hospital, com cerca de 20 cápsulas  – com 9 a 12 gramas de cocaína cada – no estômago.

Mussa Ahmed corre risco de morte. Caso alguma cápsula estoure no estômago dele, apenas 1 grama de cocaína é o suficiente para uma morte instantânea por overdose. “Qualquer cápsula que estourar é morte na certa”, comentou um agente da PF. O acusado tomou fortes doses de laxante para expelir a droga. Ele contou ŕ polícia que havia engolido 60 cápsulas em Săo Paulo e que o destino final da droga era a Inglaterra.

O delegado chefe da Delegacia de Repressăo de Entorpecentes da Polícia Federal (DRE), Gil Dutra, explicou que o outro africano, Abdulamir Salen, também embarcou de Săo Paulo para Natal, mas tinha como destino final a cidade de Lisboa, em Portugal.

A polícia năo tem como provar que os dois africanos presos tęm ligaçăo, mas suspeita que eles podem ter sido aliciados pela mesma quadrilha. Abdulamir Salen reside em Săo Paulo, enquanto Mussa Ahmed mora na Somália. Ele entrou no país por Salvador, viajou até Săo Paulo, onde apanhou e engoliu a droga, e estava de passagem por Natal apenas para fazer a conexăo do vôo da Tap para Portugal e, em seguida, para a Inglaterra. O quilo da droga, por ser extremamente pura, é cotado em 15 mil dólares no Brasil. No exterior, o quilo pode chegar a 50 mil dólares.

Segundo o delegado federal Gil Dutra, “já está detectado que Natal é rota do tráfico internacional”. “Isso é um fato. Por isso, a Polícia Federal passou a concentrar a fiscalizaçăo no Aeroporto, na Rodoviária e nos Correios”, disse. A PF analisa a lista dos passageiros dos vôos internacionais e entrevista possíveis suspeitos. Nas entrevistas, aquelas pessoas que se mostram nervosas ou que năo respondem ŕs perguntas de forma convincente, passam a ser investigadas. Foi assim com os dois africanos presos. 

Abdulamir Salen, por exemplo, chamou a atençăo dos agentes porque estava com pouco dinheiro e sem cartőes de crédito para a viagem internacional. Na avaliaçăo dos documentos pessoais, os agentes descobriram que ele usava um passaporte falso e que estava clandestino no Brasil. Já Mussa Ahmed estava muito apreensivo e ficou nervoso ao ser abordado pelos policiais. “Nós passamos a trocar informaçőes com policiais de outros estados e nos especializamos no processo de análise e entrevista de suspeitos”, disse o delegado federal.

Os dois estrangeiros foram autuados em flagrante delito no crime de tráfico internacional de drogas. Eles ficaram detidos na sede da PF ŕ disposiçăo da Justiça Federal.

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